História de Ereré



É inspirado nas personalidades que em outrora muitíssimo contribuiram para a consolidação da socieade erereense, que decidi apartir do presente momento, iniciar um estudo minuncioso dos principais fatos que constituem a fragmentada entretanto maravilhosa História de nosso município. Para tanto solicito de todos aqueles que possam contribuir com esse trabalho, manifestar-se, fazendo também parte desse resgate para as posteriores gerações. Tem um dito popular que diz assim: "Não seria possível ao homem entender seu presente sem conhecer seu passado".
De antemão, quero agradecer aos primeiros colaboradores nessa jornada: agradecer a Secretária de Cultura Joelma Batista, que através das Agentes de Cultura Rosasse e Socorro Freire, cederam dezenas de fotos referentes ao passado histórico de Ererê, e também aos amigos Tibuço Eduardo e Fábio Cavalcante, que confiaram à minha disposição seus Artigos Monográficos que, em oportunidades posteriores à está estarei postando para conhecimento e análise de todos.
Abraço e aguardo sua contribuição! 



 SEGUNDA POSTAGEM

Autor do Artigo: Antonio Fábio Rodrigues Cavalcante
Formação: Graduado em História pela Universidade Regional do Cariri - URCA

 
A TRAJETÓRIA POLÍTICA DOS PREFEITOS DE ERERÊ “APÓS A EMANCIPAÇÃO”.


O PROCESSO EMANCIPATÓRIO

Tornar-se livres, era um antigo sonho presente no coração dos moradores do distrito de Érere, do Distrito de São João do Pereiro e do Distrito de Varjota, até então, município de Pereiro no Estado do Ceará. Não era só um sonho da elite, mais de todas as camadas destas comunidades, do mais rico ao mais humilde e do analfabeto ao mais gabaritado, em fim, era um sonho que a cada dia tornava-se mais perto de realizar-se.
            No dia 1º de do mês de Setembro de 1983, eleitores residentes e domiciliados nos Distritos de São João do Pereiro, Varjota, e em Ereré, vem através de um abaixo assinado, vem apoiados no art. 144, inciso I e parágrafo único da Constituição do Estado do Ceará, art. 3º da Lei nº 9.457 de 04 de Junho de 1971, combinado com os artigos da Lei Complementar nº 01 a 09 de Novembro de 1967, e Lei Complementar nº 39 de 10 de Dezembro de 1980, requeremos providências necessárias previstas no parágrafo 3º do art. 2º da Lei Complementar nº 01/67, para elevação dos referidos distritos na categoria de município, com sede em Ereré.
            Contabilizando aproximadamente 500 assinaturas, este abaixo assinado, foi enviado a Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, dando entrada nesta Casa Legislativa, no dia 20 de Setembro de 1983, procedente de Ereré, e tendo como interessado, o Sr. Cleodato de Queiroz Porto e outros, sendo lida na tribuna da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, na 88ª Sessão Ordinária pelo Deputado Estadual Osmar Diógenes Nogueira, em seguida, encaminhado a Presidência, presidida no período pelo Deputado Estadual Aquiles Peres Mota.
            Através do processo Nº 1.360/83, onde trata da solicitação da criação do município de Ereré, o diretor da Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, o Sr. Weber Sarquis Queiroz. Em 10 de Outubro de 1983, remete ao interessado, o Sr. Cleodato de Queiroz Porto e outros, o parecer informando, que a Lei Complementar nº 01 a 09 de Novembro de 1967, fixam exigências para que, os Distritos sejam transformados em municípios, e que será precedido de comprovação dos requisitos estabelecidos por esta Lei.
            Os requisitos básicos exigidos na citada Lei Complementar, são os seguintes:
             I.      População estimada superior a 10.000 (dez mil) habitantes ou não inferior a 0,005 (cinco) milésimos da população existente no Estado.
          II.      Eleitorado não inferior a 10% (dez por cento) da população.
       III.      Centro urbano já construído, com número de casas superior a 200 (duzentas).
       IV.      Arrecadação mo último exercício, de 0,005 (cinco) milésimos da receita estadual de impostos.
Diante desses requisitos exigidos pela Lei, a Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, em atendimento as determinações legais, remete no dia 11 de Outubro de 1983, ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e a Secretaria de Negócios da Fazendo do Estado do Ceará, Ofícios solicitando dados que realmente, comprovem que os Distritos de São João do Pereiro, Varjota e de Ereré atendem os requisitos previstos pela Lei.
            No dia 19 de Outubro de 1983, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na pessoa do Delegado, o Sr. Francisco Sales Carvalho, declara em atendimento a solicitação formulada pela Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, através do oficio Nº 1.450/85, de 11 de Outubro de 1983, para fins de instruir processo administrativo para criação de município, que a população residente no Distrito de Ereré, de acordo com o que foi publicado pelo livro editado pelo IBGE – Censo Demográfico – dados distritais – IX Recenseamento Geral do Brasil – 1980 – volume 1 – tomo – 3 – número 7, é de 6.880 habitantes no Distrito de Ereré.
            Informa também, que o Distrito de São João do Pereiro e Varjota, contabilizam juntos 3.205 habitantes, chegando ao total de 10.085 habitantes. Informa ainda, que o centro urbano do Distrito de Ereré que possui 457 prédios e 381 domiciliados, atendendo assim, os itens I e III dos requisitos básicos exigidos, pela Lei Complementar nº 01 a 09 de Novembro de 1967.
            Em 24 de Novembro de 1983, o Presidente do Tribunal Regional do Ceará, o Des. Francisco Nogueira Sales,em resposta ao ofício Nº 1.453/83, de 11 de Outubro de 1983 da Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, verificou-se, que o número de eleitores não é inferior aos 10% (dez por cento) da população como exige a Lei Complementar Nº 01 a 09 de Novembro de 1967, atingindo assim, 347 eleitores no Distrito de São João do Pereiro, 300 na Varjota e 2.069 na vila de Ereré, chegando ao total de 2.716 eleitores, ficando assim, acima do exigido, no item II da Lei complementar.
            E só no dia 07 de Fevereiro de 1985, o então, Secretário da Fazenda, o Sr. Firmo Fernandes de Castro, em atendimento ao oficio nº 1.447/83, de 11 de Outubro de 1983, da Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, que trata da arrecadação verificada nos distritos de São João do Pereiro, Varjota em Ereré, se realmente, corresponde aos 0,005 (cinco) milésimos da receita global arrecadada no Estado do Ceará, no último exercício financeiro.
De acordo com os dados fornecidos pela Secretaria da Fazenda,constatou-se que a arrecadação dos distritos citados, foi de Crs – 30.078,007 ou equivalente a 0,011 (onze) milésimos, ou seja, ultrapassando os 0,005 (cinco) milésimos exigidos pelo item IV da Lei Complementar Nº 01, isso no último exercício financeiro, exatamente  no ano de 1984.
            No dia 16 de Maio de 1985, a Redação final do Projeto de Decreto Legislativo Nº 01/85, que tramitava na Assembléia Legislativa, foi aprovado em votação única, onde fica decretado a realização de consulta plebiscitária no Distrito de Ereré, inclusive no povoado de São João do Pereiro e Varjota, em cumprimento do artigo 3º da Lei Complementar nº 01 a 09 de Novembro de 1967, para instruir o Processo nº 1.360, de 20 de Setembro de 1983, para fins de elevação do citado Distrito, a categoria de município com sede na Vola Ereré.
            Em 21 de maio de 1985, através do Decreto Legislativo nº 167, foi também publicado no Diário Oficial da União, pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, presidida pelo Deputado Estadual Francisco Castelo Branco, a determinação da realização da consulta plebiscitária no Distrito de Ereré, inclusive nos povoados de São João do Pereiro e Varjota.
            E em 06 de Outubro de 1985, o tão sonhado momento de se consagrar município, torna-se realidade. Com a frase VOTE SIM, os eleitores dos Distritos interessados, sufragaram nas urnas o voto SIM, que dava ao Distrito de Ereré, através desta consulta plebiscitária a condição de município.
            No dia 11 de Dezembro de 1985, o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, o Sr. Des. José Barreto de Carvalho, remete a Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, o Ofício nº 2.399/85, que leva ao conhecimento, para os devidos fins, que o Tribunal Regional Eleitoral, em sessão de 03 do corrente ano, apreciando o processo nº 712 – Classe XII, resolve homologar a consulta plebiscitária, efetivada em 06 de Outubro de 1985, no Distrito de Ereré, município de Pereiro.
            Em abril de 1987, a Comissão de Constituição e Justiça, emite o parecer do processo nº 1.360/83, onde diz: “o Sr. Cleodato de Queiroz Porto e outros, todos eleitores no Distrito de Ereré, em Pereiro neste Estado, solicitando ao Exmo. Sr. Presidenta da Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, que sejam tomadas as providências necessárias, no sentido de ser o referido distrito efetivado, na condição de Município.
            E no dia 04 de Junho de 1987, foi criada a Lei nº 11.328, decretada pela Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, e sancionada pelo então Governador do Estado, o Sr. Tasso Ribeiro Jereissati.
            Fica assim, criado o município de Ereré, com área pelo Distrito de igual nome, desmembrando-se, assim do município de Pereiro.
            Essa conquista deve-se, a todos os erereenses, mas, não poderíamos deixar de citar alguns nomes, que, sem eles, não estariamos, desenvolvendo esta Pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
São eles:
Cleodato de Queiroz Porto (falecido)
Francisco Nogueira de Queiroz (falecido)
Demóstenes de Lucena (falecido)
José Leopoldo de Oliveira
Cícero Antonio de Figueiredo
João Valentim Paiva (falecido)
João Pessoa de Queiroz (falecido)
Aldemir de Queiroz Porto (falecido)
Otacílio Cassimiro da Silva (falecido)
José Demétrio Cavalcante (falecido)
Pedro Cavalcante de Paiva (falecido)
Luiz Gonzaga Pessoa
José Guerra Lira
José Pessoa de Queiroz (falecido)
Raimundo Aquino de Sousa (falecido)
José Jailton Oliveira Batista
José Pessoa Lira (falecido)
José Pessoa de Queiroz Moura (falecido)
Manoel Martins Alves
Augusto Freire Neto
José Romilton Cavalcante
José Constatino de Queiroz
Dentre outros que também tiveram sua parcela de contribuição, para que Ererê, tivesse êxito nessa longa e dolorosa caminhada, que foi. O Processo de Emancipação deste município.
            O povo de Ererê, será eternamente grato, não só a estas pessoas, mais a todos que de forma direta ou indireta, também contribuíram neste processo.



1.1  A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE LUIZ GONZAGA PESSOA, O PRIMEIRO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ERERÊ.


Luiz Gonzaga Pessoa, nascido no Sítio Catolé, zona rural do município de Ererê, nasceu no dia 23 de Abril de 1953, fruto do matrimônio do agropecuarista o Sr. Francisco Pessoa de Moura e da Sra. Lúcia Pessoa de Moura, ambos já falecidos.
            Popularmente conhecido como Luiz Moura, foi alfabetizado na mesma localidade em que residia pela Professora Jesuína Pereira de Lucena, carinhosamente chamada de Dona Giza, também já falecida.
            Depois de alfabetizado, teve a grande oportunidade de iniciar oficialmente seus estudos junto a Escola de 1º Grau Senador Fernandes Távora, chegando a concluir o primário no ano de 1964, com 11 de idade, digo grande oportunidade, por que nesta época, o sistema educacional, era muito precário e ainda mais por se tratar de um pequeno distrito como Ereré.
            O Ginásio tornou-se, ainda mais difícil de concluir, pois o Colégio Antonio Lopes de Queiroz, por se tratar de uma escola da Campanha Nacional das Escolas da comunidade – CNEC, cobrava-se mensalidades, aumentando mais ainda o grau de dificuldade para sua permanência na mesma, que se iniciou em 1968, concluindo no ano de 1971, aos 18 anos de idade.
            Com 19 anos de idade, com o Ginasial concluído, Luiz Moura desloca-se da sua terra natal com destino a Fortaleza, capital do Estado em busca de melhores oportunidades, lá chegando, tratou logo em dar continuidade aos seus estudos, iniciando o ensino de 2º Grau, em 1972 concluindo em 1974, junto ao Colégio São José na cidade de Fortaleza.
            Com o 2º Grau completo, Luiz Moura iniciava em 1974, sua vida profissional, trabalhando como funcionário no setor comercial da loja Ocapana, na cidade de Fortaleza, permanecendo neste estabelecimento comercial até o ano de 1976.
            Aproveitando a experiência adquirida nos dois anos em que trabalhou nas lojas Ocapana, em 1977 Luiz Moura tornou-se, trabalhador autônomo, investindo no comércio crediarista, atividade comercial na qual se manteve até o ano de 1980.
            No mês de Julho deste mesmo ano, contraiu matrimônio com a jovem Iolanda Cordeiro da Silva e em Julho do ano de 1981, retorna a sua terra natal acompanhado de sua esposa, com a qual tiveram três filhos: Thatyana Cordeiro da Silva Pessoa; Thyciane Cordeiro da Silva Pessoa e Guilherme Henrique Cordeiro da Silva Pessoa.
            Mantendo residência nesta cidade, Luiz Moura, continuou investindo nas atividades comerciais, agora no ramo de atacado e varejo, onde permaneceu até o ano de 1987.
            Seu ingresso na política, ocorreu a partir de sua luta e da sua colaboração em benefício da emancipação de Ererê em 1985.
            Com participação ativa em todas as manifestações comunitárias e políticas desse município, Luiz Moura destacou-se muito rapidamente como um dos principais políticos deste município, sendo então um dos fortes candidatos a concorrer ao cargo de prefeito na primeira eleição deste município.
            Com a sua popularidade admirada pelos erereenses, e com o apoio de fortes políticos deste município, como: José Pessoa de Queiroz Moura (Zé Moura) seu irmão, José Romilton Cavalcante (Zé Romilton), José Guerra Lira (Zé Lira) e principalmente, com o total apoio de sua família, Luiz Moura, foi lançado como candidato a prefeito do muncípio de Ererê.
            Em 1988, oficializadas as candidaturas a prefeito, vice prefeito e vereadores, dava-se inicio a uma grande batalha no campo da política municipal.
            Tendo em sua chapa, Luiz Moura como prefeito e Zé Lira como vice prefeito pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, tinham como opositores a chapa do Partido da Frente Liberal – PFL, composta pelo Sr. José Pessoa de Queiroz (Zé Pessoa), como prefeito e o Sr. Raimundo Aquino de Sousa, carinhosamente chamado de Raimundão.
            No dia 15 de Novembro de 1988, a chapa de Luiz Moura, sagrou-se vencedora do pleito eleitoral, sendo depositado em seu nome 1.169 votos, contra 1.076 votos da chapa adversária e com a diferença de 93 votos, Luiz Moura entrava para História deste município, como o primeiro prefeito eleito no município de Ererê.
            Em 1º de Janeiro de 1989, empossado juntamente com seu vice prefeito e os nove vereadores eleitos, permaneceram no comando desta cidade, até o dia 31 de Dezembro de 1992.
            Atualmente, reside nesta cidade, sendo um latifundiário bem sucedido, ainda continua sendo um dos políticos mais populares desta terra, sendo também ainda, o ícone maior do seu grupo político.


1.2  JOSÉ JAILTON OLIVEIRA BATISTA, O MAIS JOVEM PREFEITO ELEITO DO MUNICÍPIO DE ERERÊ.

No sítio Seriem, zona rural do município de Ererê, no dia 03 de Agosto de 1966, nascia José Jailton Oliveira Batista, popularmente conhecido como Jaillton.
            Sendo o filho mais velho do casamento do Sr. Damião Batista Paiva e da Sra. Franklina Paiva e Oliveira, carinhosamente chamada até os dias de hoje de dona Didi.
            Jailton iniciava sua vida escolar no ano de 1977, concluindo o 1º Grau, no final do ano de 1983, no Ginásio Antonio Lopes de Queiroz, localizado na sede deste município.
            Na continuação de seus estudos, Jailton agora com mais um pouco de dificuldades devido ao deslocamento para cidade de Pereiro, já que foi nesta cidade que concluiu o ensino de 2º Grau no ano de 1987.
            Aos 26 anos de idade, no ano de 1992, sendo Cristão evangélico da congregação assembléia de Deus, casou-se com a jovem também evangélica, Joelma Dantas de Lima Oliveira, com quem constituiu uma familia com três filhos, sendo eles: Matheus Dantas de Oliveira Paiva, Indamara Simone Dantas de Oliveira Paiva e Júlio César Dantas de Oliveira Paiva,
            No processo de emancipação, ainda muito jovem, porém com muita inteligência, Jailton foi muito importante para o processo, dando a sua colaboração para que o tão sonhado desmembramento de Pereiro, realmente acontecesse, sendo um dos lutadores e assinantes do abaixo assinado solicitando a condição de município a Vila de Ererê.
            Em 1986, foi coordenador local do censo agropecuário emm Ererê, junto a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Ainda em 1986, implantou o primeiro curso de datilografia no município de Ererê, sem esquecer que, ainda neste ano, exerceu a profissão de fotografo em toda nossa região.
            Passada o período do recenseamento, em 1987, Jailton a procura de melhoras, desloca-se para o Estado do Acre, ficando lá por dois meses, sem muito sucesso, de lá mesmo viajou para a cidade de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, ficando nesta cidade por oito meses, trabalhando como trabalhador autônomo no ramo das atividades de crediarista. No início do ano de 1988, já de volta a sua terra natal, Jailton foi também Coordenador da Comissão de Emergências junto a EMATECE.
            Neste mesmo ano, Jailton foi muito importante na fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ererê – STR, chegando a exercer o cargo de Presidente do referido Sindicato.
Nas eleições municipais de 1988, Jailton foi eleito pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, o vereador mais bem votado desta eleição, sendo seu nome sufragado 283 vezes.
            Durante os quatro anos do seu mandato de vereador, a convite do então prefeito eleito, Luiz Moura, assumiu a Secretaria de Administração deste município.
            Neste mesmo período, precisamente no ano de 1989 e 1990, assumia também o cargo de Professor de Matemática e de Organização Social da Política Brasileira – OSPB, junto ao Centro Educacional Antonio Lopes de Queiroz, a convite do então diretor, José Romilton Cavalcante.
            Em 1992, alcançou o mais importante cargo político deste município, apoiado pelo prefeito Luiz Moura, e pelos aliados, que também haviam apoiado Luiz Moura, Jailton foi eleito, como, o mais jovem prefeito da cidade de Ererê, com 26 anos de idade, pelo Partido Social Democrático Brasileiro – PSDB, tendo na sua chapa como vice prefeito o Sr. José Pessoa Lira, mais conhecido como Jozimar Simão, alcançaram o total de 1.792, vencendo a chapa encabeçada  pelo Sr. José Pessoa de Quairóz (Zé Pessoa).
 Empossado em 1º de Janeiro de 1993, Jailton juntamente com o seu vice prefeito e os vereadores eleitos, exerceram seus respectivos mandatos, até o dia 31 de Dezembro de 1996, ano em que o prefeito Jailton implantou a Rádio Comunitária de Ererê, através da Associação Comunitária dos Moradores de Ererê – AME, assumindo ele mesmo a presidência da Associação.
            Continuando com a sua trajetória política, nas eleições municipais de 2000, Jailton foi eleito como vice prefeito pelo Partido Progressista Social – PPS na chapa liderada pelo então, prefeito eleito o Sr. José Romilton Cavalcante, provando assim, ser um político e prestigio e credibilidade no município de Ererê, ficando no cargo até o dia 31 de Dezembro de 2004.
            Atualmente, filiado ao Partido dos Trabalhadores – PT, residindo na cidade de Limoeiro do Norte no Estado do Ceará, juntamente com sua esposa e filhos, é considerado um empresário bem sucedido, trabalhando no ramo de distribuição de combustíveis e Gás GLP em toda Região do Vale do Jaguaribe, Jailton nunca deixou de visitar sua terra natal, nem tão pouco deixou de fazer parte das decisões políticas, que visam o melhoramento desta cidade.
            Portanto, é correto afirmar que, diante de tão vitoriosa trajetória, Jailton é um dos mais fortes e bem quistos políticos deste município, por tudo que fez e que ainda pode fazer por esse povo, independentemente estando dentro ou fora do cenário político municipal.


1.3  JOSÉ PESSOA DE QUEIRÓZ MOURA, UM DOS NOMES MAIS IMPORTANTES NO PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE ERERÊ.
José Pessoa de Queiroz Moura (Zé Moura), nasceu na cidade de São Miguel, no vizinho estado do Rio Grande do Norte, no dia 09 de Agosto de 1941, filho do agropecuarista, o Sr. Francisco Pessoa de Moura e da Sra. Lúcia Pessoa de Moura.
A Política sempre esteve presente na sua vida, como um dos filhos mais velhos, participou da vida política do seu pai, que, enquanto Ererê, era Distrito de Pereiro, chegou a ser eleito ao cargo de vice prefeito. Esse foi apenas um dos fatos que levaram Zé Moura, a penetrar no cenário político do município.
No ano de 1983, juntamente com outras lideranças, deu uma grande contribuição para a Emancipação deste município. Na condição de latifundiário bem sucedido, tinha muita liderança com moradores de suas propriedades, liderança essa, que foi constituída com carisma e favores em prol dos mais necessitados.
Continuou sempre a lutar pela Emancipação deste município, desde no apoio e na assinatura do abaixo assinado, que pedia que Ererê passasse de Distrito, a condição de sede do município, até usar de sua influência com políticos da capital do estado e do interior, para que o sonho da Emancipação, se tornasse realidade.
Casou-se com a Sra. Maria Lucinete de Queiroz Moura, e deste casamento, tiveram três filhos: Francisco Otoni de Queiroz Moura, formado em Direito, residindo hoje, na cidade de Fortaleza, e Lúcia Grasiely de Queiróz Moura Paiva, cursando o curso de Licenciatura Plena em Historio, residindo ainda, no município de Ererê, e José Leonardo de Queiróz Moura (falecido).
Sua força e prestígio na política local, foi posta em prova, quando, nas eleições municipais de 1988, foi um dos principais responsáveis pela vitória do seu irmão Luiz Moura, que foi eleito ao cargo de prefeito municipal de Ererê.
Não satisfeito, em busca de melhoras para o nosso município, Zé Moura, mais uma vêz, colocar sua força política a prova, foi quando nas eleições municipais de 1996, apoiado pelo então prefeito, Jailton Batista e pelo ex-prefeito e irmão Luiz Moura, resolve ser ele o próprio candidato a prefeito de Ererê.
No mês de Junho de 1996, na convenção municipal, realizada em Ererê, filiado ao Partido Social Democrático Brasileiro – PSDB, Zé Moura,, oficializa sua candidatura ao cargo de prefeito, tendo como vice prefeito, o Sr. Manoel Martins Alves (Nelson Martins).
Com a realização das eleições, Zé Moura, sagrou-se vencedor, sendo eleito com 1.710 votos, contra 1.487 votos da chapa adversária, composta por Zé Lira e Augusto Freire, respectivamente, candidatos a prefeito e vice prefeito.
Foi empossado, em 1º de Janeiro de 1997, ao lado dos nove vereadores e de seu secretariado, concluído seu mandato no dia 31 de Dezembro de 2000.
No dia 04 de Abril de 2002, Zé Moura, nos deixou vítima de um infarto fulminante. Conseguiu, ao longo de sua trajetória, deixar  sua marca na História deste município, e de toda sua família. Deixando, esposa, filhos, irmãos, parentes e amigos, Zé Moura, também deixou uma lacuna aberta no cenário político deste município.
Morreu com a certeza de ser, um dos mais fortes políticos deste município, bem como, com a certeza de não ter feito todo que quis, mas, com a certeza de ter feito, tudo o que se propôs a fazer em prol do seu povo e da sua terra.


1.4  JOSÉ ROMILTON CAVALCANTE, O PRIMEIRO PREFEITO E SER REELEITO NO MUNICÍPIO DE ERERÊ.


Sendo ele, o primeiro filho do casamento do agricultor, o Sr. José Demétrio Cavalcante e da dona de casa a Sra. Merenciana Rodrigues Cavalcante, José Romilton Cavalcante (Zé Romilton), nasceu no dia 14 de Janeiro de 1953, na cidade de Ererê, devido às dificuldades de acesso aos hospitais, seu nascimento aconteceu na casa onde seus pais residiam.
Nos estudos, encontrou muitas dificuldades, inclusive, não concluindo o 1º Grau no tempo previsto. Em 1958, aos cinco anos de idade, Zé Romilton foi obrigado a se deslocar de sua terra natal com destino a cidade de Pereiro, cidade na qual Ererê era Distrito, isso, para fugir de uma seca que assolava não só o Distrito de Ererê, mas, a toda Região Nordeste, como a cidade de Pereiro, era mais desenvolvida, haveria uma grande chance do sofrimento ser menor para toda sua família.
Chegando lá, enquanto seu pai trabalhava, ele tratou logo de freqüentar a escola da Professora Elza Aires, com quem muito aprendeu, apesar do pouco tempo de permanência na referida escola.
No ano seguinte, em 1959, retornou a Ererê, fixando sua moradia no Sítio Tomé Vieira. Começava um novo desafio na sua vida, agora na incubência de ajudar seu pai na agricultura, foi onde teve a oportunidade de freqüentar a Escola da Professora, Francisca Maciel Costa, carinhosamente chamada até os dias de hoje de Dona Chicuta.
Em 1961, a Ererê, para de forma oficial, começar seus estudos, junto a Escola de 1º Grau Senador Fernandes Távora, tendo como principais Professoras, a Sra. Francinete Queiroz e Lenice Porto, dentre outras que já nesta época lecionavam com muita competência, o ajudando assim, a concluir o seu primário.
Em 1969, fez o exame de admissão, como critério para estudar no Centro Educacional Antonio Lopes de Queiroz – CEALQ, Escola particular da Campanha Nacional das Escolas da Comunidade – CNEC. Com muito sacrifício, consegui estudar durante esse ano, para em 1971, sendo novamente a abandonar seus estudos para trabalhar em uma frente de serviço na Região de Pereiro – Iracema, mais uma vez, por ocasião da seca que assolava esta Região.
No mês de Abril de 1970, foi promovido ao cargo de Sub-Chefe do escritório desta frente de serviço, permanecendo no cargo, até o mês de Maio de 1971, desenvolvendo seu trabalho e ajudando aos conterrâneos, sempre que lhe eram dadas oportunidades.
Com o final da frente de serviço, em Junho de 1971, Zé Romilton, agora participara do concurso para recenseador, junto a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, sendo aprovado na 2ª colocação. Desempenhou a função de recenseador até o mês de fevereiro de 1972.
Com o restante do que sobrara do seu salário, Zé Romilton, no mesmo ano, resolveu investir no ramo das atividades comerciais, sendo ele, o proprietário de uma “bodega”. (pequeno estabelecimento comercial no Sertão Nordestino).
Em 15 de Abril de 1973, casou-se com a Maria das Dores Freire Cavalcante, casamento no qual, tiveram dois filhos: Tércio Freire Cavalcante e Tássia Freira Cavalcante. A partir daí, deixou o seu comércio para seu pai administrar, passando assim a trabalhar em loja de tecido de propriedade de seu sogro, o Sr. Arestides Augusto Freire, onde permaneceu trabalhando do ano de 1973 ao ano de 1977.
Ainda em 1977, foi aprovado no concurso para assumir a gerência da agência dos correios de Ererê, sendo ainda, o representante legal do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, sendo também muito importante, na luta pela criação do Banco Postal, onde se podia efetuar pagamentos de vale gás, emergenciados, apontador de outros tipos de pagamentos. Isso tinha uma grande importância na época, pois, se tratava de uma ferramenta muito moderna, e até então desconhecida no município.
Sua trajetória política iniciou-se nas eleições municipais, Ererê ainda sendo Distrito de Pereiro, eleição que ficou conhecida na História de Ererê, como: “O Lira” representado pelo Sr. José Guerra Lira, contra “O Velho”, representado pelo Sr. João Terceiro de Souza, saindo vencedora a chapa do “Velho”, porém, nesta eleição, aconteceu algo que jamais tinha acontecido em Ererê, pela primeira vez, o grupo liderado pelo “Velho” amargava uma derrota nas urnas de Ereré, tendo sido, Zé Romilton, juntamente com a sua família, um dos colaboradores para esse feito inédito.
Como funcionário dos correios e representante do INSS, começou a ajudar o seu povo, através de encaminhamentos para aposentadorias e outros benefícios que a empresa lha dava o direito, ganhando assim a admiração e a gratidão dos que por ele foram ajudados.
No processo de Emancipação, até o plebiscito, foi extremamente importante, sendo reconhecido como um dos mais importantes para realização desse sonho, que mais tarde tornava-se realidade.
Nas eleições municipais de Luiz Gonzaga Pessoa (Luiz Moura), e José Jailton Oliveira Batista (Jailton), participou ativamente dando o seu apoio, bem como o de toda a sua família, sendo um dos articuladores dessas duas campanhas.
Em 1993, no mandato do então na época, Prefeito Jailton, tornou-se Diretor do Centro Educacional Antonio Lopes de Queiróz – CEALQ, trazendo para esse município, o primeiro curso de Magistério.
Nas eleições de 1996, por não concordar com a forma de governo do grupo, que ela havia apoiado, resolve sair de forma limpa e transparente, sair da posição de situação, para oposição, formando assim, junto com outras pessoas, outro grupo político.
 Neste mesmo ano, Zé Romilton com o seu grupo lançou nas eleições municipais, a chapa encabeçada pelo Sr. José Guerra Lira, tendo com candidato a vice prefeito, o Sr. Augusto Freire Neto, concorreram contra a forte chapa composta pelo Sr. José Pessoa de Queiróz Moura (Zé Moura), tendo como seu vice, o Sr. Manoel Martina Alves (Nelson Martins), sagrando-se assim, vencedora, a chapa de Zé Moura com um total de 1.710 votos, contra 1.487 da chapa opositora.
Com o mandato do Prefeito Zé Moura, de 1º de Janeiro de 1997, à 31 de Dezembro de 2000, muitas coisas aconteceram na vida de Zé Romilton e de sua família, perseguições políticas e ameaças, tendo ainda ter que ver alguns dos seus irmãos, serem dispensados dos cargos que exerciam na Prefeitura, por conta de divergências políticas, sendo dois deles, Antonio Fábio Rodrigues Cavalcante e Carlos Henrique Rodrigues Cavalcante, obrigados a se deslocarem para o Estado de São Paulo, em busca de melhoras, juntando-se Francisco das Chagas Cavalcante e Valter Rodrigues Cavalcante, mais dois irmão que lá já residiam.
Diante tudo isso, somando-se a morte de seu pai, Zé Romilton, com muita consciência e inteligência, continuava a frente como líder da oposição, trabalhando sempre em prol do povo de Ererê. Permaneceu firme, até que em uma reunião com seus aliados políticos, decidiram que ele seria o candidato a concorrer a prefeitura de Ererê.
Conforme o combinado, nas eleições municipais de 2000, pelo Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, a chapa de Zé Romilton, tendo com vice prefeito José Jailton, derrotaram a chapa do Sr. José Constatino de Queiróz e do seu candidato a vice, o Sr. José Daciso Maia de Sousa, ambos filiados ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB.
Com o sufrágio de 2.042 votos, contra 1.114, Zé Romilton entra para História, como detentor da maior maioria de votos já conseguida no município de Ererê, com uma diferença de 1.288 votos, ultrapassando o total de votos conseguidos pelo seu opositor.
Em 1º de Janeiro de 2001, toma posse, juntamente com seus vereadores, vice prefeito e equipe administrativa, ficando no cargo de prefeito, até o dia 31 de Dezembro de 2004, isso, do seu 1º mandato, pois em meados de 2004, Zé Romilton, é escolhido pelo seu grupo político, a mais uma vez repintá-los nas eleições de 2004.
Agora no Partido Social Democrático Brasileiro – PSDB, tendo com seu candidato a vice prefeito, o Sr. Cícero Antonio de Figueredo (Cícero Dourado), Zé romilton concorreu mais uma vez ao cargo de prefeito, contra a forte chapa, tendo o ex- prefeito Luiz Moura como candidato a prefeito e o Sr. Antonio Medeiros, conhecido com Dr. Antonio.
Prevaleceu novamente a força do grupo político Zé Romilton, com 2.054 votos a seu favor, contra 1.546 votos do seu opositor, Zé Romilton, entra mais uma vez para História deste município, agora sendo o primeiro prefeito s ser reeleito neste município.
Novamente empossado em 1º de Janeiro de 2005, exercendo o cargo de prefeito até 31 de Dezembro de 2008, Zé Romilton ainda conseguiu um feito muito importante e difícil dentro do cenário político, ficava em suas mãos, tentar fazer o seu sucessor. Fato conseguido nas eleições municipais de Outubro de 2008, conseguindo assim, fazer a tão difícil transferência de votos para outra pessoa. E com mais um brilhante vitória tornava-se prefeito municipal, apoiado por Zé Romilton e seu grupo, o Sr. Manoel Martins Alves.
Hoje, como ex-prefeito, se considera um homem realizado, e muito grato ao povo de Ererê, pelo respeito, pela gratidão e pela total confiança depositada a ele, para condução do destino do município de Ererê, durante oito anos.
Diz-se ainda, muito feliz, por seus dois filhos, um neto, esposa e treze irmãos que muito o respeitam, por ter, apesar de pobre, com muito sacrifício, conseguido formar a sua filha, feliz pelas amizades sinceras, triste, pelas decepções sofridas no campo da política e na vida pessoal, principalmente, por pessoas de onde não se esperava, mas, como diz o jargão popular: “nas horas difíceis, é que conhecemos os nossos verdadeiros amigos”.
Conclui Zé Romilton, serei eternamente grato a Deus, pela nossa vida e também nossa saúde, pela vida de uma pessoa muito importante, para que nós conseguíssemos chegar onde chegamos, refere-se a Dona Merência (sua mãe), guerreira, amiga e excelente Mãe, que ao lado dos nossos irmãos e filhos, são a razão maior da nossa existência.


 PRIMEIRA POSTAGEM


Autor do Artigo: Antonio Tibuço Eduardo da Silva
Formação: Graduado em História pela Universidade Regional do Cariri - URCA

 
 A FUNDAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ERERÉ

Nasceu pelo Padre Daniel Fernandes de Moura, que possuía com seu cunhado Joaquim Xavier Maia, (Quinco Maia), uma fazenda de gado na região, surgindo o povoado a partir da construção da capela por eles fundada, sob égide  São João Nepumucema, a imagem do padroeiro na época, foi doada por João Soares Felix. Sua fundação faz uma estimativa que foi no ano de 1776, devido uma telha com essa data encontrada anos depois na cobertura da capela.
O povoado recebeu primeiramente o nome de Saco de Orelha, conforme versão dos mais antigos, devido à região ter sido descoberta quando um cavalo de nome o Orelha, de propriedade e estimação do Padre Daniel, havia sumido e depois encontrado morto amoronhado nos sovacos de serra do Sitio Flores, daí surgiu a idéia de povoar a região e consequentemente colocar esse nome.

Esse povoado administrativamente pertencia ao município de São Bernardo de Russas, atual município de Russas, Província do Ceará Grande, anos depois, passou a pertencer ao município de Jaguaribe Mirim, Comarca de Icó. Saco de Orelha, passou a categoria de distrito no dia 24 de novembro 1864, pela lei de nº. 1135 e Ato Provincial de 2206 de 1869, anexado a Vila de Santos Cosme e Damião, atual cidade de Pereiro. Essa denominação prevaleceu até o ano de 1918, quando ouve uma nova denominação e Saco de Orelha passou a denominar-se Ipiranga.

O processo de infra-estrutura quase se resumiu a construção de moradias. No povoado foi construído a Igreja Católica, data de 1828, construída pelo Padre Daniel I, que antes da construção da igreja havia uma capela. O cartório de registro civil de Ereré, traz o histórico de construção desde o povoado de Saco de Orelha, pois foi fundado em 1891, como também a construção do cemitério local, para atender a demanda não só dos mortos em Ererê, pois diz a história que os mortos em Mundo Novo, atual Doutor Severiano Rio grande do Norte, eram sepultados aqui. Não há registro de qualquer outra infra- estrutura no povoado.


“Como principal destaque de suas atividades sacerdotais, sabemos que, em 1828, na Fazenda Saco de Orelha, as suas próprias expensas, constituiu uma Capelinha sob a invocação de São João Nepomucencena, anos depois, mudada para a de Senhor Bom Jesus da Agonia.(SILV. 1990 p. 39)                        


Existem até os dias atuais, vários prédios residenciais edificados no antigo Saco de Orelha, na Avenida Padre Daniel, principal Rua de Ereré, onde estão concentrados nas principais e mais antigas construções. A primeira casa construída, hoje pertence à família de Cleodato de Queiroz Porto, que nunca mudaram a sua fachada, outras casas já tem mais de um século.

O município de Ereré, atualmente conta com mais de quarenta comunidades rurais, todas elas trazem um histórico bem antigo em relação a história de povoação e fundação dessas localidades. Algumas dessas comunidades começaram ser povoadas antes de surgir o povoado de Saco de Orelha, o processo de povoação na Zona rural, foi surgindo devido os grandes proprietários rurais, que adquiriram suas propriedades e as famílias de baixo poder aquisitivo, passavam residir nessas propriedades como moradores, essas pessoas viviam da agricultura, e para explorarem as terras dos patrões tinham que pagar uma determinada contra partida, mais conhecida como renda, pois eram também chamados de rendeiros. Nas localidades rurais era construída a casa da fazenda, onde morava o senhor dono das terras e em torno da casa grande, eram construídas as casas dos filhos, que se casavam e as casas dos moradores, essas geralmente de taipa. Muitas construções dessa época ainda resistem ao tempo, na zona rural de Ereré, ainda existe varias casas com um modelo bem antigo, tais como a casa da família do Senhor Manoel Francisco da Costa no sitio Cantinho, a Casa da família de José Simão, no Sítio Riacho da Serra, a casa da família de Celso Paraibano no sítio Pau Ferrado entre tantas outras.

Foram grandes, as dificuldades enfrentadas pelos habitantes desse povoado, grandes secas assolaram a região, a seca de 1877, foi uma das maiores já registradas no nordeste, nessa época muitos habitantes migraram para outros pontos do estado e do Nordeste, vidas humanas foram ceifadas em conseqüência dessa seca. Nos períodos invernosos, as maiores dificuldades aconteciam em conseqüência do isolamento das comunidades rurais, já que o município, é cortado por alguns rios que no período invernoso deixam algumas comunidades sem acesso. Também não existiam estradas conservadas, as vias de acesso eram chamadas veredas, ou seja, pequenas trilhas feitas no matagal.

Em relação à educação, há registro no livro filhos ilustres de Pereiro que o Padre Daniel II, era inspetor escolar, mas não havia escolas públicas. Esse mesmo livro diz que em 1916, havia uma professora de nome Francisca Moraes Falcão, mais conhecida por dona Francisquinha.
 
DE SACO DE ORELHA A IPIRANGA

O antigo povoado de Saco de Orelha, passou a chamar-se Ipiranga em 1918, segundo o Histórico do município, mas há documentos que comprovam que  oficialmente essa denominação só se deu em 1933, pelo Decreto lei estadual nº. 1156 de 04 de dezembro de 1933, que continuava como distrito de Pereiro. Nessa época o distrito já estava bem mais povoado, a zona urbana já tinha um número bem elevado de moradores. A zona rural também, já tinha um considerado número de habitantes, nessa época praticamente também não tinha quase infra-estrutura. A única obra pública construída no Distrito de Ipiranga foi o Barracão, hoje conhecido por mercado publico, essa obra foi construída por Abílio Alves Bezerra, que em 1927, construiu também a casa de Saturnino Araponga. Não há registro da participação de seus filhos na política nessa época, mostra - se assim o limitado interesse de seus filhos, pelo desenvolvimento do distrito.

Tínhamos algumas escolas isoladas, onde a clientela de aluno era muito pequena, pois as escolas não eram publicas. Na década de 40,  havia na sede do distrito uma professora por nome de Maria Emilia de Almeida Lima, que lecionava até a 4ª entrância. Atualmente, a Biblioteca municipal tem o nome de Maria Emilia de Almeida Lima.

A religião praticada na época era a católica, a dedicação, a fé e a penitencia era muito grande. Era uma época onde a fé predominava acima de tudo, outras religiões eram desconhecidas, a freqüência nos domingos de missa era muito grande, o costume de ir a igreja passava de gerações para gerações.

Até 1920 o nosso padroeiro era São João Nepumocema, em 06 de janeiro  de  1920, foi celebrada a primeira  missa consagrando  o novo padroeiro, Senhor Bom Jesus da Agonia, que permanece até os dias atuais. O celebrante foi o Padre Miguel Xavier de Moraes, que assim como os demais padres que por aqui passaram residiam em pereiro.
Naquela época tinha a cultura de celebrarem missas e casamentos, também nas residências, pois não existia capela na zona rural. Solvo a Avenida padre Daniel que tinha sua arquitetura de casas e sobrados, as demais residências geralmente, eram feitas de taipa. Prevalecia a agricultura de subsistência, os produtos cultivados eram o milho, feijão, arroz algodão.

Esses produtos abasteciam o comercio local, principalmente, na época da safra do algodão, um produto de grande valor em toda a região, tão valoroso que era chamado de ouro branco. Nesse período a economia crescia em geral, pois todos os agricultores locais cultivavam e vendiam esse produto. A exportação para outros centros urbanos era transportada em animais, os condutores desses rebanhos eram chamados de tropeiros. Outra fonte de renda era a pecuária, onde o leite era utilizado para vários fins, e a criação de outros rebanhos como caprinos ovinos e suíno.

DE IPIRANGA A ERERÉ

Em divisão territorial para tirar as dúvidas, entre os limites dos municípios de Pereiro  e Icó, o Presidente da República na época, Getúlio Vargas, tomou conhecimento da existência do povoado de nome Ipiranga,  e não permitiu o nome histórico em outro local, e mandou uma liminar ao  Prefeito de Pereiro, na época Humberto Queiroz extinguindo o nome e a nova denominação de Ipiranga para Ereré, se deu em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto  Lei Estadual nº. 1114.  O novo distrito permaneceu sob o domínio administrativo de Pereiro. O distrito na época, já tinha um número mais elevado de habitantes e consequentemente eleitores, a sua área territorial também era bem elevada, esses fatores contribuíam para que seus filhos, demonstrassem,  o desejo de participar ativamente da política de Pereiro, município sede, não apenas como eleitores, mas como concorrentes  e futuros detentores de mandato.

EVOLUÇÃO POLÍTICA
Em 1945, foi dado um grande passo para o desenvolvimento da nossa terra, Francisco Nogueira de Queiroz, que apenas nasceu em Portalegre RN, mas que residia e tinha suas raízes familiares aqui, foi nomeado Prefeito do município de Pereiro, pois na época o Brasil vivia a Ditadura do Governo Getulio Vargas, na época as eleições para cargos do Poder Executivo eram de forma indireta. Com um erereence no poder, cresceu a esperança por dias melhores, pois Francisco Nogueira, apresentava-se como uma alternativa de dias melhores.

Em 1947 quando já eram possíveis eleições diretas para os cargos do Poder Executivo, Francisco Nogueira de Queiroz, foi eleito pelo voto direto, Prefeito do Município de Pereiro, sendo seu segundo mandato. O Distrito de Ipiranga ficou com representação no Poder Executivo e no poder Legislativo, dois erereences foram eleitos vereadores, representando o Distrito de Ereré, Saturnino Araponga e Cleodato de Queiroz Porto.

Nessa gestão cresceu ainda mais a expectativa do povo pelo desenvolvimento local, nesse período foi ampliado o antigo barracão, hoje mercado publico, aquisição da Agência dos Correios e Telégrafos, pois na época era  grade a migração de nossos filhos para outras regiões do país, principalmente para a região norte, devido a extração da borracha, daí a necessidade de uma Agencia dos Correios, para facilitar a comunicação entre parentes, que se dava através de cartas e telegramas.

Outra importante ação dessa gestão foi a luta em prol da construção de um grupo escolar, dada a necessidade de uma escola no distrito, sendo que as aulas na época eram ministradas nas residências das professoras. Vale ressaltar o grande empenho do Vereador Cleodato de Queiroz Porto pela realização dessa obra. A construção do Grupo escolar teve inicio ainda no mandato de Francisco Nogueira, sendo concluído na administração do seu sucessor Humberto Queiroz.

Em 1950 ouve novamente eleição municipal, sendo eleito prefeito de Pereiro o Senhor Humberto Nogueira de Queiroz, nesse mandato Ereré não teve nem um filho com mandato eletivo, mas participou ativamente do pleito eleitoral. Teve como principais obras a implantação da energia a motor, ou seja, só tinha iluminação pública até as 21:00 h, a partir de então, eram desligadas todas as luzes e só retornava, no início da noite seguinte. Foi concluída a construção do grupo Escolar Senador Távora, atualmente, Escola de Ensino Fundamental e Médio Senador Távora.

Em 1954, Francisco Nogueira de Queiroz, foi novamente eleito prefeito de Pereiro, foi o seu terceiro mandato. Nessa gestão, Ererê não teve representação no Poder Legislativo. Foi um mandato voltado ao desenvolvimento de Pereiro, ao final de sua gestão ouve a seca de 1958, uma das maiores do século XX, mesmo com tantas dificuldades, conseguiu frentes de serviços, para atender as famílias mais necessitadas.

Na eleição municipal de 1958, foi eleito Francisco Benicio Nogueira Diógenes, os representantes dos Poderes Executivo e Legislativo eram todos de pereiro, mas Ereré tinha notório reconhecimento dos mandatários nessa gestão.

Em 1962, ouve novamente eleição municipal, dessa vez dois erereences saíram eleitos na condição de Prefeito e Vice, pois José Guerra Lira que nasceu em Iracema, mas que chegou aqui muito novo e construiu um vinculo político e familiar em Ereré, foi eleito prefeito e Francisco Nogueira de Queiroz, que já havia sido eleito três vezes prefeito, nessa eleição foi eleito vice-prefeito.

Esse mandato se voltou principalmente, em ajudar a população mais carente, Zé Lira era conhecido como o pai da pobreza. Entre algumas obras, destacam-se, a reforma do mercado público, mais conhecido como barracão. Nesse mandato, Erere foi elevado à categoria de município pela Lei Estadual nº 6072 de 29 de setembro de 1962, e foi município durante quase três anos, mas não foi instalado, em 1965 pela Lei Estadual 8339 de 14 de dezembro de 1965, foi extinto o município de Ereré que voltou a pertencer a Pereiro na condição de distrito.

Em 1966, Ereré sai vitorioso, Francisco Nogueira de Queiroz conquista o seu quarto mandato, à frente da prefeitura de Pereiro. O processo de desenvolvimento do distrito de Ereré, continuou tendo atenção do Poder Executivo Municipal, entre as obras dessa gestão, se destacam a construção da Escola de 1º Grau Manoel Augusto de Queiroz e a construção do Centro Educacional Antonio Lopes de Queiroz, para funcionar a CENEC (Companhia Nacional de Escolas da Comunidade), hoje funciona a Secretaria Municipal de Educação.

Na eleição municipal de 1970, José Guerra Lira disputou a sucessão municipal de em Pereiro, mas foi derrotado por João Terceiro de Souza, mesmo assim Ereré, teve a sua representação no poder Executivo, Francisco Pessoa de Moura, filho e residente em Ereré, foi eleito Vice Prefeito. No Poder Legislativo, Ereré teve três representantes, Pedro Regis de Melo e Francisco Honorato de Queiroz Neto e Luis Martins Paiva.

Ereré nessa gestão, foi contemplado com obras importante para o favorecimento da vida de seu povo. Foi construído um posto de saúde na sede do distrito, pavimentação de alguns pontos críticos na estrada que liga Ereré, a Pereiro e a construção da tarimba, hoje açougue público. Ainda sobre a campanha eleitoral, parte da população de Ereré nunca se conformou com a derrota de Zé Lira, pois muitos alegam que ouve fraude na apuração das urnas e que o resultado dessa eleição saiu após dezesseis dias da eleição.

Em 1972, mais uma vez Ereré sai na frente, no pleito municipal, Francisco Nogueira de Queiroz, foi eleito Prefeito, conquistando assim o seu quinto mandato. Entre as obras de sua gestão, destaca-se, o início da construção do Hospital municipal, que só foi concluído em 1989, depois de duas décadas do início de sua construção. Atualmente, esse hospital tem o nome de Francisco Nogueira de Queiroz. No Poder Legislativo, tivemos como representantes, Pedro Régis de Melo, Francisco Honorato de Queiroz Sobrinho e José Aguimar Dias, residente na Vila São João de Ereré.

Em 1976, João Terceiro de Souza, foi eleito Prefeito de Pereiro, Ereré teve sua representação através de seu filho Francisco Paiva de Andrade, mais conhecida por seu Crisio. No Poder Legislativo, tivemos como representantes, Pedro Régis de Melo, José Segundo de Lima e a jovem Antonia Oneide Cavalcante, com apenas dezoito anos de idade, obteve 505 votos, votação Record.

Nessa administração, Ereré foi contemplado com algumas obras que até os dias atuais beneficiam a nossa população, tais como, energia elétrica, também chamada energia de Paulo Afonso, pois antes a energia era a base de motor, a qual só funcionava  até às 21:00h. Essa rede de energia beneficiou a população da sede de Ereré até a Vila São João. Recebemos outras obras como, pavimentação na Avenida Padre Daniel e alguns trechos de outras ruas, construção de um matadouro, construção do posto de saúde da Fundação SESP, implantação do destacamento de polícia, construção de um grupo escolar na Vila São João e pavimentação de alguns trechos na estrada que liga Ereré a Pereiro.

È conveniente lembrar a dedicação de Francisco Paiva de Andrade, seu Crisio que fora eleito Vice Prefeito, para com o nosso povo. Sem ter ao menos concluído o primeiro grau, ele era farmacêutico prático, muitas vezes não cobrava um centavo de ninguém em troca dos medicamentos que prescrevia, além de realizar consultas, seu Crisio também fazia suturas e outros procedimentos médicos,  dados a falta de outro profissional qualificado. Em 1972, na chacina que ocorreu no Sítio Pau Ferrado, seu Crisio foi solicitado pela Delegacia de Polícia de Pereiro, para fazer os exames cadavéricos. Em 2007, merecida mente a Câmara Municipal de Ereré, aprovou um Projeto de Lei, denominando o posto de saúde de Ereré, com o nome de Francisco Paiva de Andrade.

Na eleição municipal de 1982, foi eleito Prefeito de Pereiro, Antonio Mardonio Ozório Diógenes, nessa gestão Ereré teve sua representação no Poder Legislativo através dos  Vereadores  José Grisotenes,e Pedro Régis de Melo, que conquistou o seu quarto mandato como Vereador de Pereiro. Algumas obras de importante interesse da população foram adquiridas, tais como a implantação de um posto telefônico, antiga TELECEARÁ. Nessa administração, os senhores José Pessoa de Queiroz Moura e José Pessoa de Queiroz desenvolvia agiam como administradores distritais.

DIFICULDADES

Antes da emancipação e mesmo com os nossos filhos detentores de mandato, nosso povo passou por muitas dificuldades, pois tudo dependia de Pereiro, sede do município. Na área educação funcionava apenas o ensino fundamental, no setor saúde tínhamos um posto de saúde da fundação SESP, onde o atendimento médico se dava apenas uma vez por semana, os funcionários desse posto de saúde realizavam serviços como curativos, aplicavam injeções e vacinavam crianças na época de campanhas de vacinação.

A segurança pública também não existia, alguma infração que por ventura viesse ocorrer no distrito, os policiais vinham de Pereiro, isso favorecia muito os desmando e a criminalidade, pois em nossa história há uma página vermelha, devida tantos homicídios que aconteceram ao longo do tempo, muitas vezes por motivos banais, a impunidade, a inguinorancia e a falta de segurança contribuíram decisivamente para tanta violência.

 Em 1972, uma briga por questões de terras entre proprietários e rendeiros teve repercussão na imprensa do estado do Ceará, vários jornais enviaram correspondes até Ereré para fazerem a cobertura da chacina de Pau Ferrado. Em 1982, Ereré voltou a ser destaque em toda região, numa chacina que aconteceu no centre de Ereré, onde um soldado foi assassinado, um pai de família e uma criança morreram vitimas de bala perdida. Outros assassinatos marcaram a nossa historia.

A EMANCIPAÇÃO

O sonho pela independência sempre habitou no coração de cada erereence, a luta por essa conquista começou em 1962, quando Ereré chegou a ser elevado a categoria de município  três anos depois voltou a condição de distrito. Na década de 80, reacendeu o sonho dessa população, tendo requisitos necessários para a emancipação, em 20 de dezembro de 1983, Cleodato de Queiroz Porto ex Vereador pelo município de Pereiro, mas filho e residente em Ereré, protocolou na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, uma Abaixo Assinado contendo 485 assinaturas, solicitando a Assembléia Legislativa a autorização para a realização de uma consulta plebicitária, ou seja, a realização de um plebiscito,  onde oficialmente a população iria manifestar através do voto a vontade de ver Ereré emancipado.

Nessa época o Presidente da Assembléia Legislativa era o Deputado Aquiles Paes Mota, que de imediato acolheu o pedido e passou a tomar as providencias necessárias para essa finalidade. Foram oficializados pela Assembléia Legislativa, o IBGE, o Tribunal Regional Eleitoral e a Secretaria Estadual da Fazenda, com objetivo de ter informações sobre o número de eleitores, número de habitantes, número de domicílios e a arrecadação do distrito, essas informações eram indispensáveis para que fosse realizada a consulta plebicitária.

Após tramitar dois anos na Assembléia legislativa, o Processo nº 1360/83, que versa sobre a emancipação de Ereré, recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça daquela Casa Legislativa, para que fosse realizado o plebiscito. Em 08 de maio de 1985, o Projeto de Decreto Legislativo de nº 01/85, foi aprovado para que houvesse a consulta plebicitária no distrito de Ereré.  Em 21 de maio de 1985, o referido Decreto Legislativo, foi publicado no Diário Oficial do Estado do Ceara. Em 06 de outubro de 1987, a população erereence compareceu as urnas e 95% dos eleitores disseram sim pela emancipação.

Com o resultado da consulta plebicitaria, o Deputado Estadual Osmar Diógenes, apresentou na Assembléia Legislativa o Projeto de Lei nº 19/87, que versava sobre o desmembramento de Ereré do município de Pereiro. O projeto foi aprovado e em 04 de junho de 1987, foi sancionado pelo Governador do Estado, na época, Tasso Ribeiro Jereissati, como Lei Estadual 11.328/87.

Em 08 de junho de 1987, a Lei Estadual 11.328/87, foi publicada no Diário Oficial do Estado do Ceara. Já município, Ereré ainda viveu um ano e seis meses sob o domínio de Pereiro. Sobre  a forma como se escreve e se pronuncia a palavra Ereré, vale salientar que no passado sempre se escreveu e se pronunciou Ereré, com acento agudo, tanto é que a lei estadual 11328 de 04 de junho de 1987, está escrito Ereré, com acento agudo, mas de alguns tempos para cá muitas pessoas passaram a escrever e pronunciar Ererê, com acento circunflexo, até mesmo em documentos oficiais. Mas na confecção desse trabalho achamos por bem escrever Ereré, como está escrito na lei acima especificada.

 A INSTALAÇÃO DO NOVO MUNICÍPIO E SUAS ADMINISTRAÇÕES

            Em 15 de novembro de 1988, foi realizada a primeira Eleição Municipal no recém criado município de Ereré. Foram eleitos, Luiz Gonzaga Pessoa, prefeito e José Guerra Lira, vice-prefeito, ambos do PMDB, disputaram com José Pessoa de Queiroz e Raimundo Aquino de Souza pelo PFL, candidatos a prefeito e vice-prefeito respectivamente. Para compor a Primeira Legislatura foram eleitos os Vereadores, Pedro Regis de Melo, José Jailton Oliveira Batista, José Pessoa Lira, José Maciel de Paiva, Francisco Paiva de Andrade, Otacílio Casimiro da Silva, Geraldo José do Carmo e Antonio Soares de Oliveira e João Dantas de Oliveira.

            Em 1º de janeiro de 1989, foram empossados seus primeiros administradores e instalado o novo município. Foi uma gestão muito progressiva, Ereré quase não tinha infra-estrutura, a limpeza da cidade, foi a primeira ação do novo gestor, pois como até então, não havia coleta, todo o lixo era jogado nos arredores da cidade ou quase dentro da zona urbana e formava verdadeiras montanhas de lixo. Comprou um trator novo, uma ambulância nova, pavimentou várias vias publicas, construiu um açougue público, escolas na zona rural, abriu e conservou estradas vicinais, concluiu a maternidade, conseguiu eletrificação para a Vila Varjota, construiu o prédio da Agência dos Correios, e implantou um posto telefônico na Vila São João. A maior obra dessa gestão, foi o abastecimento de água da zona urbana. Em 1990, nasceu a primeira criança no Hospital de Ereré.

            Em 1992, foram eleitos prefeito e vice-prefeito o jovem José Jailton Oliveira Batista e Jose Pessoa Lira, ambos do PSDB, que concorreram com o agro pecuarista José Pessoa de Queiroz e Francisco Rodrigues de Andrade, pelo PDS, prefeito e vice-prefeito respectivamente.  Nessa segunda Legislatura, a Câmara de Vereadores, foi composta pelos vereadores, Cícero Antonio de Figueiredo, José Maciel de Paiva, Francisco Alves de Queiroz, José Constantino de Queiroz, Antonio Teodozio Sobrinho, Gabriel Pedro de Souza, Josafá Avelino Magalhães e Manoel Martins Alves.

            O novo gestor deu prioridade ao processo de infra-estrutura da cidade, pavimentou algumas ruas, eletrificou o Distrito de Tomé Vieira, construiu e reformou escolas na zona rural, construiu a Escola de Ensino Fundamental 4 de junho, maior escola do município, criou a Secretaria Municipal de Ação Social, colocou um médico de plantão  no município.
            Nas eleições de 1996, disputaram José Pessoa de Queiroz Moura e Manoel Martins Alves pelo PSDB, na condição de prefeito e vice prefeito, ambos foram eleitos, José Guerra Lira e Augusto Freire Neto, prefeito e vice respectivamente, disputaram pelo PMDB, mas não lograram êxito.

            A terceira gestão municipal se destacou pelo recebimento de obras estruturantes, com recursos do Governo do Estado, que foram de fundamental importância para a melhoria da qualidade de vida da população no presente e no futuro. Nessa gestão, foi implantado o sistema DDD, (discagem direta a distancia), até então havia na sede do município um posto telefônico. Foram construídos dois açudes de médio porte, nas localidades de santa Maria e Boa Esperança, conclusão da CE 138, que Ereré a Fortaleza, implantação da Comarca de Ereré, vinculada a Pereiro, construção do Fórum, através do Tribunal de Justiça do Ceará e a implantação do Fundo de desenvolvimento da Educação e Valorização do Magistério (FUNDEF).

            A Câmara Municipal, foi composta pelos vereadores, Raimundo Augusto Sobrinho, Josafa Avelino Magalhães, Gabriel Pedro de Souza, Francisco Gomes de Araújo, José Constantino de Queiroz, Raimundo Nogueira de Souza, Cícero Romão da Silva, Maria Célia Paiva Alves e José Raimundo de Sousa.

Na eleição municipal de 2000, foi eleito prefeito, o funcionário público federal, José Romilton Cavalcante, como seu vice prefeito foi eleito o ex-prefeito José Jailton Oliveira Batista, ambos do PTB, PPS, respectivamente. Concorreram pela chapa adversária, o Vereador José Constantino de Queiroz e o jovem José Daciso Maia de Sousa, ambos do PMDB. Lotado na Agência dos Correios de Ereré há 23 anos, essa trajetória, foi fundamental para a vitória de Zé Romilton como é conhecido. Na história política de Ereré, foi a primeira vez que uma chapa de oposição saiu vitoriosa. Essa gestão gerou uma expectativa muito grande na população, principalmente, em centenas de eleitores que sempre votaram contra as gestões anteriores.

            Inicialmente a meta principal da nova administração, foi a organização das finanças públicas. Como principais obras, destacamos a pavimentação de várias vias públicas, e saneamento básico, construção de uma quadra de esportes com recursos estaduais, compra de vários veículos novos incluindo duas ambulâncias, aquisição de uma vam, um microônibus para atender os alunos das redes municipal e estadual de ensino, eletrificação, abastecimento de água e construção de kits sanitários, pavimentação de pontos críticos e construção de várias passagens molhadas em várias comunidades rurais, construção de um novo matadouro público, construção de praças na zona urbana e realização de grandes festas em alusão ao padroeiro do município e as festas alusivas ao aniversário do município a cada ano.

            A Câmara de Vereadores era composta  pelos vereadores, Antonio Bento da Costa, Raimundo Augusto Sobrinho, Josafa Avelino Magalhães, João Dantas de Oliveira, Gabriel Pedro de Souza, José Raimundo de Sousa, Cícero Romão da Silva, Reginaldo Alves de Aquino e Francisco Alves Linhares.

            Na eleição municipal de 2004, José Romilton Cavalcante concorreu à reeleição ao lado de Cícero Antonio de Figueiredo, ambos do PSDB e PRP foram eleitos, na chapa de oposição concorreram Luiz Gonzaga Pessoa e o Medico Antonio Lisboa Cardoso de Medeiros que foram derrotas por uma diferença de 504 votos, ambos eram do PMDB.

            Nesse segundo mandato, José Romilton deu continuidade o trabalho que desenvolveu em seu primeiro mandato, tais como: abastecimento de água, eletrificação rural, construção de poços profundos, pavimentação de vias públicas, construção de um posto de saúde no Distrito de São João e no Distrito de Tomé Vieira. Implantou vários programas sociais de valorização do idoso, criança e a comunidade em geral, reformou a delegacia de polícia local. Ao concluir sua segunda gestão deixou a sede do município quase 100% pavimentada, a zona rural quase 100% eletrifica. Uma das maiores obras de seu governo foi a construção da passagem molha do Distrito de Tomé Vieira, sob o Rio Figueiredo.

            A Câmara de Vereadores, foi composta pelos vereadores, Washington Correia Nogueira, Raimundo Augusto Sobrinho, Antonio Tiburço Eduardo da Silva, Glauber Lopes de Holanda, Antonio Bento da Costa, José Daciso Maia de Sousa, Cícero Romão da Silva, Joelma Batista dos Santos e Antonio Clebio Nogueira d Queiroz.

            No último pleito municipal, 05 de outubro de 2008, concorreram pela chapa de situação os Senhores Manoel Martins Alves e Reginaldo Alves de Aquino, prefeito e vice-prefeito respectivamente, Ambos do PSDB e PMDB, que derrotaram Luiz Gonzaga Pessoa, candidato a prefeito e Glauber Lopes de Holanda, candidato a vice-prefeito, ambos do PRB e PR.

            O lema da atual administração, é ERERÉ CADA VEZ MELHOR, uma referência a continuidade do trabalho do ex-prefeito José Romilton Cavalcante. Em sete meses de mandato, a expectativa da população é que seja uma administração voltada ao engrandecimento e desenvolvimento do município.

            A Câmara de Vereadores, é composta pelos Vereadores, Antonio Nivaldo Muniz da Silva, Jailson Oliveira Silva, José Daciso Maia de Sousa, Edineuda Leite de Figueiredo, Antonio Tiburço Eduardo da Silva, Francisco Djalma de Paiva Soares, Antonio Matias de Albuquerque, Raimundo Augusto Sobrinho e Francisco Bandeira Maia Neto.
RELIGIÃO

Em 1828, com recursos próprios, o Padre Daniel Fernandes de Moura construiu uma igreja no centro do povoado, hoje igreja do Bom Jesus da Agonia, padroeiro da cidade. A religião católica era a única praticada, pois não há registro de adeptos de outras religiões. Até os dias atuais, é muito grande o número de católicos em nosso município. Em diversas comunidades rurais são encontradas capelas, onde são celebradas missas e novenas principalmente no período da festa do padroeiro de cada localidade.

A cidade de Ereré, tem como padroeiro o Bom Jesus da Agonia, suas festas tem início em 28 de dezembro, com a realização de nove noites de novena, o encerramento acontece no dia  06 de janeiro do ano subseqüente, com a realização de missa e procissão, a noite acontece a tradicional festa em praça pública, que teve início e 2001, na gestão do Prefeito José Romilton Cavalcante . Nesse período muitos filhos de Ereré, que residem fora do município tem a tradição de visitar os familiares e conseqüentemente participar das festividades do padroeiro.

 É muito grande o número de pessoas que visitam a cidade nesse período, os visitantes vem de vários municípios vizinhos, numa demonstração de penitência e fé. A economia da cidade também cresce nesse período, principalmente, o comércio de bebidas, comidas e brinquedos.

No segundo domingo de agosto, tradicionalmente, é celebrada a missa de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, co-padroeira da cidade, essa tradição teve início em 1949, e permanece até os dias atuais.

O monte São Domingos, geograficamente, é o ponto mais elevado do município de Ereré, distante sete kilomentros da cidade, além de um ponto turístico, é também um local religioso, admirado e respeitado por todos que vivem e habitam essa terra. Em 1937, nesse local foi erguido um cruzeiro de aproximadamente 10 metros de altura, e uma capela de madeira, sob a proteção de Nossa Senhora de Lurdes.

 Nesse mesmo ano foi celebrada a primeira missa pelo Padre Pedro, a partir de, então passou a ser um local de reza e devoção, apesar de ser um local de difícil acesso devido ser muito acidentada geograficamente, dezena de pessoas costuma visitá-lo, mensalmente, pois além de um local sagrado é tido também como um refúgio aos que buscam o lazer.

Ao longo do tempo, outras religiões surgiram em nosso município, além da religião católica temos a Assembléia de Deus, que a cada ano vem crescendo o número de evangélicos e a Igreja Cristã no Brasil.

CULTURA

A cultura de um povo muda e diversifica de geração para geração, assim como percebemos o avanço da tecnologia, o ser humana muda e evolui a sua maneira de ser e   agir. Mesmo assim acontece com os costumes, e também com a cultura.

No passado não muito distante, quando os instrumento musicais não eram tão potentes e sofisticados, era muito comum a realização de tertúlias aos domingos, onde ao som da sanfona e de um simples pandeiro era possível dançar, a noite inteira em salas de rebolco, em baixo de uma latada. Havia os reisados, as cantorias com repentistas emboladores, as fogueiras de Santo Antonio, São João e São Pedro com bem mais intensidade. Nos dias de fogueira centenas de crianças eram tomadas como afilhados dos parentes e visinhos.

No período de estiagem as pessoas costumavam a roubar a foto ou imagem de São José e só devolvia quando chovia, dizia a tradição que logo que alguém, roubava a imagem de São José, ele mandava chuva que era para ser devolvido para a residência de seu verdadeiro dono. A devolução do santo roubado se da através de um acompanhamento, da casa de quem o roubou o santo até a casa do verdadeiro dono,  onde era realizado um terço em agradecimento pelo início do inverno.

Atualmente, são realizadas no município,  as quadrilhas no período junino, o carnaval, as cantorias, as vaquejadas, as micaretas, também chamadas de carnaval fora de época e as tradicionais festas dançantes.

            Temos uma Biblioteca Municipal, o Museu Municipal, e o Departamento Municipal de Cultura

ECONOMIA

Na época da fundação do povoado, a cana de açúcar era o produto agrícola mais cultivado região nordeste. Como em outras regiões, aqui também surgiram os engenhos, os escravos eram os lavradores e responsáveis pela produção e a fabricação dos derivados, principalmente. rapadura, mel e caldo de cana. A agricultura sempre, foi a atividade mais desenvolvida nessa região, principalmente no passado, pois não havia outras fontes de renda.

            Ereré se destaca pela fertilidade de suas terras, no entorno da cidade existe um cinturão de terras mais baixas, que rodeia a cidade, essas terras também são chamadas de baixios, nelas eram desenvolvido, o plantio da cana de açúcar. No passado o algodão foi um dos produtos agrícola que mais contribuiu com a nossa economia, pela facilidade no seu cultivo, todo os agricultores da região desenvolvia  o plantio do algodão. No período da safra, a economia ficava em alta, geralmente todos os comerciantes locais eram compradores de algodão, a economia dos agricultores tanto crescia devido o cultivo do algodão, como pela mão de obra em relação colheita, que era remunerada. Esse produto era de tamanho valor, que popularmente, era chamado de ouro branco.

            Há registro de que o senhor Cleodato Porto tinha um máquina para a retirada dos caroços do algodão, para facilitar sua exportação para outros municípios. Esse produto era também utilizado na fabricação de utensílios domésticos, como redes, cobertas, e até mesmo vestimentas.

            Ao longo do tempo, também surgiram atividades como o plantio da mandioca, eram construídas as casas de farinha, onde se fabricavam os produtos como, goma e farinha.  O arroz, o feijão e milho, são produtos que resistem até os dias atuais, mas no município apenas é desenvolvida a agricultura de subsistência, na qual a família planta e colhe apenas para o consumo familiar e não para a comercialização. O arroz nos últimos tempos é produzido em menor quantidade, devido os baixos índices pluviômetros, já que é uma planta que necessita de grande quantidade de água para a sua produção.

            O comércio local vive com base na fonte de renda dos munícipes, ou seja, é pouca a arrecadação do município, a prefeitura municipal, é a maior fonte de emprego, o que gera um inchaço muito grande na folha de pagamento, reduzindo assim o salário de cada servidor. Outra fonte de renda, vem da aposentadoria do INSS, e dos beneficiários do Programa Bolsa família do Governo Federal, que se destaca como principal fonte de renda para centenas de famílias de baixa renda. Temos a inda a pecuária, que contribui com a renda de muitas famílias na fabricação dos derivados do leite, e a criação de ovinos, caprinos e suínos.
FILHOS ILUSTRES

            Na história de Ereré, alguns de seus filhos conseguiram destaque e notoriedade no cenário local, regional , estadual e nacional. Eis alguns de seus filhos ilustres:

Dom José Freire Falcão - Cardeal
Nasceu em 23 de outubro de 1925, na Avenida Padre Daniel, Ereré CE, atuou como Padre em Limoeiro do Norte Ceará, Bispo em Teresina, Piauí e em Brasília, onde reside até hoje. Em 2005, com a morte do Papa João Paulo II, foi um dos Cardeais brasileiro que concorreu à escolha papal no vaticano.

Monsenhor Manoel Caminha Freire - Cônego.
Nasceu em 1908 em Saco de Orelha, atual Ereré, desenvolveu suas atividades sacerdotais em alguns municípios do Ceará e Rio Grande do Norte, desde 1949 assumiu a paróquia de Pau dos Ferros RN, onde atuou como vigário até 2001. Faleceu em 2005.

Maria do Socorro França Gabriel - Enfermeira
Ex Primeira Dama do Estado do Pará, é casado com Almir Gabriel, que foi Governador do Pará em duas gestões. Socorro França, como é conhecida, foi Secretaria de Ação Social do Pará, nos dois mandatos de Almir Gabriel. Nasceu em 1935, no Sítio Atalho, Ereré Ceará.


“Aqui há muitas riquezas. É só jogar um caroço no chão que nasce uma mangueira. Tem os peixes, as castanhas, comenta a primeira-dama do Pará, Maria do Socorro França Gabriel, casada com o governador Almir Gabriel. Quem, como eu, nasceu em Ereré, num pé de serra lá no Ceará, se pergunta como alguém pode ser carente neste estado” (WWW2.CORREIOWEB.COM.BR. DIA: 25/04/2009.  15:00h.2009)


José Hilson de Paiva - Médico Ginecologista
Nasceu em 1948 no Sitio Seriema, Ereré Ceará.
Em 1988, foi eleito Prefeito de Uruburetama Ceará, sua mulher Graças Paiva, também foi Prefeita em duas gestões no referido município.

José Valdecio Pessoa – Político
Nasceu no dia 31 de março de 1953, no Sítio Milagres, Ereré Ceará, se destacou na política, foi por duas vezes eleito prefeito de Valparaiso de Goiás, Goiás.

José Aleksandro da Silva - Político
Nasceu no dia 06 de julho de 1965, no Sitio Genipapinho, Ererê Ceará, foi Vereador em Porto Velho, em 1998, chegou a ser Deputado Federal pelo Estado de Rondônia, quando assumiu a vaga deixada pelo Deputado Federal Idelbrando Pascoal, que foi cassado por envolvimento com o narcotráfico.

José Eriberto Freire França, Funcionário Público.
Nasceu no dia 16 de fevereiro de 1965, em Ereré Ceará. Ficou conhecido nacionalmente em 1992, quando depôs na CPI do escândalo que causou a renuncia do Presidente Fernando Collor de Melo. Eriberto França era motorista de Suzana Acioli, Secretaria do Presidente Collor, na época realizava depósitos bancários na conta de Paulo César Farias, Ex. Tesoureiro da campanha eleitoral do Presidente Fernando Collor.

Cosma Editonia Rufino Batista - Política, Professora.
 Nasceu em 1984, por falta de assistência médica em Ererê, nasceu em Iracema, passou toda a  sua em infância  no Sitio Seriema em Ererê. Era formada em História, em 2008, foi professora na Escola de Ensino Médio Senador Távora, em Ererê, nesse mesmo ano foi eleita Vereadora na cidade de Encanto, Rio Grande do Norte. Faleceu em 22 de março de 2009, na estrada que liga Ererê a Encanto, vitima de acidente automobilístico.

 Daniel Fernandes de Moura I – Padre
Nasceu na antepenúltima década do século XVIII, na Fazenda Saco de Orelha. Filho de Dona Mariana de Moura do Espírito Santo, cujo pai foi impossível identificá-lo. Foi o fundador de Ererê e seu primeiro vigário, fez o seminário em Olinda, Pernambuco. Em 1828, com recursos próprios construiu a igreja de Ererê. Faleceu em 28 de fevereiro de 1875, no Sítio Milagres, em Saco de Orelha, atual Ererê.

 Daniel Fernandes Moura II – Padre
 Nasceu na primeira década do século XIX, em Saco de Orelha, foi o segundo vigário de Saco de Orelha. Foi Deputado Provincial em três legislaturas pela Província do Ceará, nas legislaturas 1860-1891, 1862-1963e 1870-1871.  Foi ordenado e 1928 na igreja de saco de Orelha. Faleceu no Sítio Milagres, Saco de Orelha, atual Ererê.

Ana Célia de Queiroz Diógenes- Advogada
Nasceu em 10 de outubro de 1948, em Ereré, atualmente é Procuradora Geral da Prefeitura Municipal de Iracema.

Muitos filhos de Ereré conseguiram o grandioso prazer de concluir um curso universitário, entre tantas esferas de Curso Superior, outros já foram graduados pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, (UERNE), em diversos cursos. Vários  tiveram a felicidade de se graduar em sua terra natal, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, UVA, que já implantou três turmas com graduação em pedagogia. Atualmente, na sede do município, quarenta e nove universitários, serão graduados pela Universidade Regional do Cariri, URCA, no curso de história.

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS

CORREIO DO CEARÁ. Parte Policial. Página 6. Fortaleza 27/09/1972.
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO CEARÁ. nº 8.464. Fortaleza 12/10/1972.
JORNAL O POVO. Presos os autores da chacina de Pereiro. Páginas 20. Quinta-feira. Fortaleza  28/09/1972.
LIMA, Maria Emília de Almeida. Um Pouco de Minha Vida. Ererê – Ceará. Secretaria de Educação e Desporto. Ereré Ceará, 1997
SILVA, Adauto Odilon da. Filhos Ilustres do Pereiro. Cidade centenária. 1990.
www.inteligentesite.com/br/arquivos/paragominas/Projeto_renascer_pinturas_02jpg. às 15:00h. 04/03/2009.
www.prt7.mpt.gov.br/mpt_na_midia/2005/abril/07_04_05_DN_cearense_conxlav. às 15:00h.04/03/2009.
www.terra.com.br/istoé/confere/index_confere.htm. às 15:00h. 10/03/2009
www.tse.gov.br/sadEleição2006DivCand/procCandidatoCarregar.jsp?nocache=33... às 15:00h.09/03/2009.

 



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