É inspirado nas personalidades que em outrora muitíssimo contribuiram para a consolidação da socieade erereense, que decidi apartir do presente momento, iniciar um estudo minuncioso dos principais fatos que constituem a fragmentada entretanto maravilhosa História de nosso município. Para tanto solicito de todos aqueles que possam contribuir com esse trabalho, manifestar-se, fazendo também parte desse resgate para as posteriores gerações. Tem um dito popular que diz assim: "Não seria possível ao homem entender seu presente sem conhecer seu passado".
De antemão, quero agradecer aos primeiros colaboradores nessa jornada: agradecer a Secretária de Cultura Joelma Batista, que através das Agentes de Cultura Rosasse e Socorro Freire, cederam dezenas de fotos referentes ao passado histórico de Ererê, e também aos amigos Tibuço Eduardo e Fábio Cavalcante, que confiaram à minha disposição seus Artigos Monográficos que, em oportunidades posteriores à está estarei postando para conhecimento e análise de todos.
Abraço e aguardo sua contribuição!
Autor do Artigo: Antonio Fábio Rodrigues Cavalcante
Formação: Graduado em História pela Universidade Regional do Cariri - URCA
O PROCESSO EMANCIPATÓRIO
PRIMEIRA POSTAGEM
Autor do Artigo: Antonio Tibuço Eduardo da Silva
Formação: Graduado em História pela Universidade Regional do Cariri - URCA
SEGUNDA POSTAGEM
Formação: Graduado em História pela Universidade Regional do Cariri - URCA
A TRAJETÓRIA POLÍTICA DOS PREFEITOS DE
ERERÊ “APÓS A EMANCIPAÇÃO”.
O PROCESSO EMANCIPATÓRIO
Tornar-se livres, era um antigo sonho presente no coração dos moradores
do distrito de Érere, do Distrito de São João do Pereiro e do Distrito de
Varjota, até então, município de Pereiro no Estado do Ceará. Não era só um
sonho da elite, mais de todas as camadas destas comunidades, do mais rico ao
mais humilde e do analfabeto ao mais gabaritado, em fim, era um sonho que a
cada dia tornava-se mais perto de realizar-se.
No dia 1º de do mês de Setembro de
1983, eleitores residentes e domiciliados nos Distritos de São João do Pereiro,
Varjota, e em Ereré, vem através de um abaixo assinado, vem apoiados no art.
144, inciso I e parágrafo único da Constituição do Estado do Ceará, art. 3º da
Lei nº 9.457 de 04 de Junho de 1971, combinado com os artigos da Lei
Complementar nº 01 a
09 de Novembro de 1967, e Lei Complementar nº 39 de 10 de Dezembro de 1980,
requeremos providências necessárias previstas no parágrafo 3º do art. 2º da Lei
Complementar nº 01/67, para elevação dos referidos distritos na categoria de
município, com sede em Ereré.
Contabilizando aproximadamente 500
assinaturas, este abaixo assinado, foi enviado a Assembléia Legislativa do
Estado do Ceará, dando entrada nesta Casa Legislativa, no dia 20 de Setembro de
1983, procedente de Ereré, e tendo como interessado, o Sr. Cleodato de Queiroz
Porto e outros, sendo lida na tribuna da Assembléia Legislativa do Estado do
Ceará, na 88ª Sessão Ordinária pelo Deputado Estadual Osmar Diógenes Nogueira,
em seguida, encaminhado a Presidência, presidida no período pelo Deputado Estadual
Aquiles Peres Mota.
Através do processo Nº 1.360/83,
onde trata da solicitação da criação do município de Ereré, o diretor da
Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, o Sr. Weber Sarquis Queiroz. Em 10
de Outubro de 1983, remete ao interessado, o Sr. Cleodato de Queiroz Porto e
outros, o parecer informando, que a Lei Complementar nº 01 a 09 de Novembro de 1967,
fixam exigências para que, os Distritos sejam transformados em municípios, e
que será precedido de comprovação dos requisitos estabelecidos por esta Lei.
Os requisitos básicos exigidos na
citada Lei Complementar, são os seguintes:
I.
População estimada superior a 10.000 (dez mil) habitantes
ou não inferior a 0,005 (cinco) milésimos da população existente no Estado.
II.
Eleitorado não inferior a 10% (dez por cento) da
população.
III. Centro
urbano já construído, com número de casas superior a 200 (duzentas).
IV. Arrecadação
mo último exercício, de 0,005 (cinco) milésimos da receita estadual de
impostos.
Diante desses requisitos exigidos pela Lei, a Assembléia Legislativa do
Estado do Ceará, em atendimento as determinações legais, remete no dia 11 de
Outubro de 1983, ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e a Secretaria de Negócios da
Fazendo do Estado do Ceará, Ofícios solicitando dados que realmente, comprovem
que os Distritos de São João do Pereiro, Varjota e de Ereré atendem os
requisitos previstos pela Lei.
No dia 19 de Outubro de 1983, a Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na pessoa do Delegado, o Sr.
Francisco Sales Carvalho, declara em atendimento a solicitação formulada pela
Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, através do oficio Nº 1.450/85, de 11
de Outubro de 1983, para fins de instruir processo administrativo para criação
de município, que a população residente no Distrito de Ereré, de acordo com o
que foi publicado pelo livro editado pelo IBGE – Censo Demográfico – dados
distritais – IX Recenseamento Geral do Brasil – 1980 – volume 1 – tomo – 3 – número
7, é de 6.880 habitantes no Distrito de Ereré.
Informa também, que o Distrito de
São João do Pereiro e Varjota, contabilizam juntos 3.205 habitantes, chegando
ao total de 10.085 habitantes. Informa ainda, que o centro urbano do Distrito
de Ereré que possui 457 prédios e 381 domiciliados, atendendo assim, os itens I
e III dos requisitos básicos exigidos, pela Lei Complementar nº 01 a 09 de Novembro de 1967.
Em 24 de Novembro de 1983, o
Presidente do Tribunal Regional do Ceará, o Des. Francisco Nogueira Sales,em
resposta ao ofício Nº 1.453/83, de 11 de Outubro de 1983 da Assembléia
Legislativo do Estado do Ceará, verificou-se, que o número de eleitores não é
inferior aos 10% (dez por cento) da população como exige a Lei Complementar Nº 01 a 09 de Novembro de 1967,
atingindo assim, 347 eleitores no Distrito de São João do Pereiro, 300 na
Varjota e 2.069 na vila de Ereré, chegando ao total de 2.716 eleitores, ficando
assim, acima do exigido, no item II da Lei complementar.
E só no dia 07 de Fevereiro de 1985,
o então, Secretário da Fazenda, o Sr. Firmo Fernandes de Castro, em atendimento
ao oficio nº 1.447/83, de 11 de Outubro de 1983, da Assembléia Legislativo do
Estado do Ceará, que trata da arrecadação verificada nos distritos de São João
do Pereiro, Varjota em Ereré, se realmente, corresponde aos 0,005 (cinco)
milésimos da receita global arrecadada no Estado do Ceará, no último exercício
financeiro.
De acordo com os dados fornecidos pela Secretaria da Fazenda,constatou-se
que a arrecadação dos distritos citados, foi de Crs – 30.078,007 ou equivalente
a 0,011 (onze) milésimos, ou seja, ultrapassando os 0,005 (cinco) milésimos
exigidos pelo item IV da Lei Complementar Nº 01, isso no último exercício
financeiro, exatamente no ano de 1984.
No dia 16 de Maio de 1985, a Redação final do
Projeto de Decreto Legislativo Nº 01/85, que tramitava na Assembléia
Legislativa, foi aprovado em votação única, onde fica decretado a realização de
consulta plebiscitária no Distrito de Ereré, inclusive no povoado de São João
do Pereiro e Varjota, em cumprimento do artigo 3º da Lei Complementar nº 01 a 09 de Novembro de 1967,
para instruir o Processo nº 1.360, de 20 de Setembro de 1983, para fins de
elevação do citado Distrito, a categoria de município com sede na Vola Ereré.
Em 21 de maio de 1985, através do
Decreto Legislativo nº 167, foi também publicado no Diário Oficial da União,
pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, presidida pelo
Deputado Estadual Francisco Castelo Branco, a determinação da realização da
consulta plebiscitária no Distrito de Ereré, inclusive nos povoados de São João
do Pereiro e Varjota.
E em 06 de Outubro de 1985, o tão
sonhado momento de se consagrar município, torna-se realidade. Com a frase VOTE
SIM, os eleitores dos Distritos interessados, sufragaram nas urnas o voto SIM,
que dava ao Distrito de Ereré, através desta consulta plebiscitária a condição
de município.
No dia 11 de Dezembro de 1985, o
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, o Sr. Des. José Barreto de
Carvalho, remete a Assembléia Legislativo do Estado do Ceará, o Ofício nº
2.399/85, que leva ao conhecimento, para os devidos fins, que o Tribunal
Regional Eleitoral, em sessão de 03 do corrente ano, apreciando o processo nº
712 – Classe XII, resolve homologar a consulta plebiscitária, efetivada em 06
de Outubro de 1985, no Distrito de Ereré, município de Pereiro.
Em abril de 1987, a Comissão de
Constituição e Justiça, emite o parecer do processo nº 1.360/83, onde diz: “o
Sr. Cleodato de Queiroz Porto e outros, todos eleitores no Distrito de Ereré,
em Pereiro neste Estado, solicitando ao Exmo. Sr. Presidenta da Assembléia
Legislativo do Estado do Ceará, que sejam tomadas as providências necessárias,
no sentido de ser o referido distrito efetivado, na condição de Município.
E no dia 04 de Junho de 1987, foi
criada a Lei nº 11.328, decretada pela Assembléia Legislativa do Estado do
Ceará, e sancionada pelo então Governador do Estado, o Sr. Tasso Ribeiro
Jereissati.
Fica assim, criado o município de
Ereré, com área pelo Distrito de igual nome, desmembrando-se, assim do
município de Pereiro.
Essa conquista deve-se, a todos os
erereenses, mas, não poderíamos deixar de citar alguns nomes, que, sem eles,
não estariamos, desenvolvendo esta Pesquisa para o Trabalho de Conclusão de
Curso – TCC.
São eles:
Cleodato de
Queiroz Porto (falecido)
Francisco
Nogueira de Queiroz (falecido)
Demóstenes de
Lucena (falecido)
José Leopoldo de
Oliveira
Cícero Antonio
de Figueiredo
João Valentim
Paiva (falecido)
João Pessoa de
Queiroz (falecido)
Aldemir de
Queiroz Porto (falecido)
Otacílio
Cassimiro da Silva (falecido)
José Demétrio
Cavalcante (falecido)
Pedro Cavalcante
de Paiva (falecido)
Luiz Gonzaga
Pessoa
José Guerra Lira
José Pessoa de
Queiroz (falecido)
Raimundo Aquino
de Sousa (falecido)
José Jailton
Oliveira Batista
José Pessoa Lira
(falecido)
José Pessoa de
Queiroz Moura (falecido)
Manoel Martins
Alves
Augusto Freire
Neto
José Romilton
Cavalcante
José Constatino
de Queiroz
Dentre outros
que também tiveram sua parcela de contribuição, para que Ererê, tivesse êxito
nessa longa e dolorosa caminhada, que foi. O Processo de Emancipação deste
município.
O povo de Ererê, será eternamente
grato, não só a estas pessoas, mais a todos que de forma direta ou indireta,
também contribuíram neste processo.
1.1 A
TRAJETÓRIA POLÍTICA DE LUIZ GONZAGA PESSOA, O PRIMEIRO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE
ERERÊ.
Luiz Gonzaga Pessoa, nascido no Sítio Catolé, zona rural do município de
Ererê, nasceu no dia 23 de Abril de 1953, fruto do matrimônio do agropecuarista
o Sr. Francisco Pessoa de Moura e da Sra. Lúcia Pessoa de Moura, ambos já
falecidos.
Popularmente conhecido como Luiz
Moura, foi alfabetizado na mesma localidade em que residia pela Professora
Jesuína Pereira de Lucena, carinhosamente chamada de Dona Giza, também já
falecida.
Depois de alfabetizado, teve a
grande oportunidade de iniciar oficialmente seus estudos junto a Escola de 1º
Grau Senador Fernandes Távora, chegando a concluir o primário no ano de 1964,
com 11 de idade, digo grande oportunidade, por que nesta época, o sistema
educacional, era muito precário e ainda mais por se tratar de um pequeno
distrito como Ereré.
O Ginásio tornou-se, ainda mais
difícil de concluir, pois o Colégio Antonio Lopes de Queiroz, por se tratar de
uma escola da Campanha Nacional das Escolas da comunidade – CNEC, cobrava-se
mensalidades, aumentando mais ainda o grau de dificuldade para sua permanência
na mesma, que se iniciou em 1968, concluindo no ano de 1971, aos 18 anos de
idade.
Com 19 anos de idade, com o Ginasial
concluído, Luiz Moura desloca-se da sua terra natal com destino a Fortaleza,
capital do Estado em busca de melhores oportunidades, lá chegando, tratou logo
em dar continuidade aos seus estudos, iniciando o ensino de 2º Grau, em 1972
concluindo em 1974, junto ao Colégio São José na cidade de Fortaleza.
Com o 2º Grau completo, Luiz Moura
iniciava em 1974, sua vida profissional, trabalhando como funcionário no setor
comercial da loja Ocapana, na cidade de Fortaleza, permanecendo neste
estabelecimento comercial até o ano de 1976.
Aproveitando a experiência adquirida
nos dois anos em que trabalhou nas lojas Ocapana, em 1977 Luiz Moura tornou-se,
trabalhador autônomo, investindo no comércio crediarista, atividade comercial
na qual se manteve até o ano de 1980.
No mês de Julho deste mesmo ano,
contraiu matrimônio com a jovem Iolanda Cordeiro da Silva e em Julho do ano de
1981, retorna a sua terra natal acompanhado de sua esposa, com a qual tiveram
três filhos: Thatyana Cordeiro da Silva Pessoa; Thyciane Cordeiro da Silva
Pessoa e Guilherme Henrique Cordeiro da Silva Pessoa.
Mantendo residência nesta cidade,
Luiz Moura, continuou investindo nas atividades comerciais, agora no ramo de
atacado e varejo, onde permaneceu até o ano de 1987.
Seu ingresso na política, ocorreu a
partir de sua luta e da sua colaboração em benefício da emancipação de Ererê em
1985.
Com participação ativa em todas as
manifestações comunitárias e políticas desse município, Luiz Moura destacou-se
muito rapidamente como um dos principais políticos deste município, sendo então
um dos fortes candidatos a concorrer ao cargo de prefeito na primeira eleição
deste município.
Com a sua popularidade admirada
pelos erereenses, e com o apoio de fortes políticos deste município, como: José
Pessoa de Queiroz Moura (Zé Moura) seu irmão, José Romilton Cavalcante (Zé
Romilton), José Guerra Lira (Zé Lira) e principalmente, com o total apoio de
sua família, Luiz Moura, foi lançado como candidato a prefeito do muncípio de
Ererê.
Em 1988, oficializadas as
candidaturas a prefeito, vice prefeito e vereadores, dava-se inicio a uma
grande batalha no campo da política municipal.
Tendo em sua chapa, Luiz Moura como
prefeito e Zé Lira como vice prefeito pelo Partido do Movimento Democrático
Brasileiro – PMDB, tinham como opositores a chapa do Partido da Frente Liberal
– PFL, composta pelo Sr. José Pessoa de Queiroz (Zé Pessoa), como prefeito e o
Sr. Raimundo Aquino de Sousa, carinhosamente chamado de Raimundão.
No dia 15 de Novembro de 1988, a chapa de Luiz Moura,
sagrou-se vencedora do pleito eleitoral, sendo depositado em seu nome 1.169
votos, contra 1.076 votos da chapa adversária e com a diferença de 93 votos,
Luiz Moura entrava para História deste município, como o primeiro prefeito
eleito no município de Ererê.
Em 1º de Janeiro de 1989, empossado
juntamente com seu vice prefeito e os nove vereadores eleitos, permaneceram no
comando desta cidade, até o dia 31 de Dezembro de 1992.
Atualmente, reside nesta cidade,
sendo um latifundiário bem sucedido, ainda continua sendo um dos políticos mais
populares desta terra, sendo também ainda, o ícone maior do seu grupo político.
1.2 JOSÉ
JAILTON OLIVEIRA BATISTA, O MAIS JOVEM PREFEITO ELEITO DO MUNICÍPIO DE ERERÊ.
No sítio Seriem, zona rural do município de Ererê, no dia 03 de Agosto de
1966, nascia José Jailton Oliveira Batista, popularmente conhecido como
Jaillton.
Sendo o filho mais velho do
casamento do Sr. Damião Batista Paiva e da Sra. Franklina Paiva e Oliveira,
carinhosamente chamada até os dias de hoje de dona Didi.
Jailton iniciava sua vida escolar no
ano de 1977, concluindo o 1º Grau, no final do ano de 1983, no Ginásio Antonio
Lopes de Queiroz, localizado na sede deste município.
Na continuação de seus estudos,
Jailton agora com mais um pouco de dificuldades devido ao deslocamento para
cidade de Pereiro, já que foi nesta cidade que concluiu o ensino de 2º Grau no
ano de 1987.
Aos 26 anos de idade, no ano de
1992, sendo Cristão evangélico da congregação assembléia de Deus, casou-se com
a jovem também evangélica, Joelma Dantas de Lima Oliveira, com quem constituiu
uma familia com três filhos, sendo eles: Matheus Dantas de Oliveira Paiva,
Indamara Simone Dantas de Oliveira Paiva e Júlio César Dantas de Oliveira
Paiva,
No processo de emancipação, ainda muito
jovem, porém com muita inteligência, Jailton foi muito importante para o
processo, dando a sua colaboração para que o tão sonhado desmembramento de
Pereiro, realmente acontecesse, sendo um dos lutadores e assinantes do abaixo
assinado solicitando a condição de município a Vila de Ererê.
Em 1986, foi coordenador local do
censo agropecuário emm Ererê, junto a Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE. Ainda em 1986, implantou o primeiro curso de
datilografia no município de Ererê, sem esquecer que, ainda neste ano, exerceu
a profissão de fotografo em toda nossa região.
Passada o período do recenseamento,
em 1987, Jailton a procura de melhoras, desloca-se para o Estado do Acre,
ficando lá por dois meses, sem muito sucesso, de lá mesmo viajou para a cidade
de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, ficando nesta cidade por oito meses,
trabalhando como trabalhador autônomo no ramo das atividades de crediarista. No
início do ano de 1988, já de volta a sua terra natal, Jailton foi também Coordenador
da Comissão de Emergências junto a EMATECE.
Neste mesmo ano, Jailton foi muito
importante na fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ererê – STR,
chegando a exercer o cargo de Presidente do referido Sindicato.
Nas eleições municipais de 1988, Jailton foi eleito pelo Partido do
Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, o vereador mais bem votado desta
eleição, sendo seu nome sufragado 283 vezes.
Durante os quatro anos do seu
mandato de vereador, a convite do então prefeito eleito, Luiz Moura, assumiu a
Secretaria de Administração deste município.
Neste mesmo período, precisamente no
ano de 1989 e 1990, assumia também o cargo de Professor de Matemática e de
Organização Social da Política Brasileira – OSPB, junto ao Centro Educacional Antonio
Lopes de Queiroz, a convite do então diretor, José Romilton Cavalcante.
Em 1992, alcançou o mais importante
cargo político deste município, apoiado pelo prefeito Luiz Moura, e pelos
aliados, que também haviam apoiado Luiz Moura, Jailton foi eleito, como, o mais
jovem prefeito da cidade de Ererê, com 26 anos de idade, pelo Partido Social
Democrático Brasileiro – PSDB, tendo na sua chapa como vice prefeito o Sr. José
Pessoa Lira, mais conhecido como Jozimar Simão, alcançaram o total de 1.792, vencendo
a chapa encabeçada pelo Sr. José Pessoa
de Quairóz (Zé Pessoa).
Empossado em 1º de Janeiro de
1993, Jailton juntamente com o seu vice prefeito e os vereadores eleitos,
exerceram seus respectivos mandatos, até o dia 31 de Dezembro de 1996, ano em
que o prefeito Jailton implantou a Rádio Comunitária de Ererê, através da
Associação Comunitária dos Moradores de Ererê – AME, assumindo ele mesmo a
presidência da Associação.
Continuando com a sua trajetória
política, nas eleições municipais de 2000, Jailton foi eleito como vice
prefeito pelo Partido Progressista Social – PPS na chapa liderada pelo então,
prefeito eleito o Sr. José Romilton Cavalcante, provando assim, ser um político
e prestigio e credibilidade no município de Ererê, ficando no cargo até o dia 31
de Dezembro de 2004.
Atualmente, filiado ao Partido dos
Trabalhadores – PT, residindo na cidade de Limoeiro do Norte no Estado do
Ceará, juntamente com sua esposa e filhos, é considerado um empresário bem
sucedido, trabalhando no ramo de distribuição de combustíveis e Gás GLP em toda Região do Vale do
Jaguaribe, Jailton nunca deixou de visitar sua terra natal, nem tão pouco
deixou de fazer parte das decisões políticas, que visam o melhoramento desta
cidade.
Portanto, é correto afirmar que,
diante de tão vitoriosa trajetória, Jailton é um dos mais fortes e bem quistos
políticos deste município, por tudo que fez e que ainda pode fazer por esse
povo, independentemente estando dentro ou fora do cenário político municipal.
1.3 JOSÉ
PESSOA DE QUEIRÓZ MOURA, UM DOS NOMES MAIS IMPORTANTES NO PROCESSO DE
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE ERERÊ.
José Pessoa de Queiroz Moura (Zé Moura), nasceu na cidade de São Miguel,
no vizinho estado do Rio Grande do Norte, no dia 09 de Agosto de 1941, filho do
agropecuarista, o Sr. Francisco Pessoa de Moura e da Sra. Lúcia Pessoa de
Moura.
A Política sempre esteve presente na sua vida, como um dos filhos mais
velhos, participou da vida política do seu pai, que, enquanto Ererê, era
Distrito de Pereiro, chegou a ser eleito ao cargo de vice prefeito. Esse foi
apenas um dos fatos que levaram Zé Moura, a penetrar no cenário político do
município.
No ano de 1983, juntamente com outras lideranças, deu uma grande
contribuição para a Emancipação deste município. Na condição de latifundiário
bem sucedido, tinha muita liderança com moradores de suas propriedades,
liderança essa, que foi constituída com carisma e favores em prol dos mais
necessitados.
Continuou sempre a lutar pela Emancipação deste município, desde no apoio
e na assinatura do abaixo assinado, que pedia que Ererê passasse de Distrito, a
condição de sede do município, até usar de sua influência com políticos da
capital do estado e do interior, para que o sonho da Emancipação, se tornasse
realidade.
Casou-se com a Sra. Maria Lucinete de Queiroz Moura, e deste casamento,
tiveram três filhos: Francisco Otoni de Queiroz Moura, formado em Direito,
residindo hoje, na cidade de Fortaleza, e Lúcia Grasiely de Queiróz Moura
Paiva, cursando o curso de Licenciatura Plena em Historio, residindo ainda, no município
de Ererê, e José Leonardo de Queiróz Moura (falecido).
Sua força e prestígio na política local, foi posta em prova, quando, nas
eleições municipais de 1988, foi um dos principais responsáveis pela vitória do
seu irmão Luiz Moura, que foi eleito ao cargo de prefeito municipal de Ererê.
Não satisfeito, em busca de melhoras para o nosso município, Zé Moura,
mais uma vêz, colocar sua força política a prova, foi quando nas eleições
municipais de 1996, apoiado pelo então prefeito, Jailton Batista e pelo
ex-prefeito e irmão Luiz Moura, resolve ser ele o próprio candidato a prefeito
de Ererê.
No mês de Junho de 1996, na convenção municipal, realizada em Ererê,
filiado ao Partido Social Democrático Brasileiro – PSDB, Zé Moura,, oficializa
sua candidatura ao cargo de prefeito, tendo como vice prefeito, o Sr. Manoel
Martins Alves (Nelson Martins).
Com a realização das eleições, Zé Moura, sagrou-se vencedor, sendo eleito
com 1.710 votos, contra 1.487 votos da chapa adversária, composta por Zé Lira e
Augusto Freire, respectivamente, candidatos a prefeito e vice prefeito.
Foi empossado, em 1º de Janeiro de 1997, ao lado dos nove vereadores e de
seu secretariado, concluído seu mandato no dia 31 de Dezembro de 2000.
No dia 04 de Abril de 2002, Zé Moura, nos deixou
vítima de um infarto fulminante. Conseguiu, ao longo de sua trajetória, deixar sua marca na História deste município, e de
toda sua família. Deixando, esposa, filhos, irmãos, parentes e amigos, Zé
Moura, também deixou uma lacuna aberta no cenário político deste município.
Morreu com a certeza de ser, um dos mais fortes políticos deste
município, bem como, com a certeza de não ter feito todo que quis, mas, com a
certeza de ter feito, tudo o que se propôs a fazer em prol do seu povo e da sua
terra.
1.4 JOSÉ
ROMILTON CAVALCANTE, O PRIMEIRO PREFEITO E SER REELEITO NO MUNICÍPIO DE ERERÊ.
Sendo ele, o primeiro filho do casamento do agricultor, o Sr. José
Demétrio Cavalcante e da dona de casa a Sra. Merenciana Rodrigues Cavalcante,
José Romilton Cavalcante (Zé Romilton), nasceu no dia 14 de Janeiro de 1953, na
cidade de Ererê, devido às dificuldades de acesso aos hospitais, seu nascimento
aconteceu na casa onde seus pais residiam.
Nos estudos, encontrou muitas dificuldades, inclusive, não concluindo o
1º Grau no tempo previsto. Em 1958, aos cinco anos de idade, Zé Romilton foi obrigado
a se deslocar de sua terra natal com destino a cidade de Pereiro, cidade na
qual Ererê era Distrito, isso, para fugir de uma seca que assolava não só o
Distrito de Ererê, mas, a toda Região Nordeste, como a cidade de Pereiro, era
mais desenvolvida, haveria uma grande chance do sofrimento ser menor para toda
sua família.
Chegando lá, enquanto seu pai trabalhava, ele tratou logo de freqüentar a
escola da Professora Elza Aires, com quem muito aprendeu, apesar do pouco tempo
de permanência na referida escola.
No ano seguinte, em 1959, retornou a Ererê, fixando sua moradia no Sítio
Tomé Vieira. Começava um novo desafio na sua vida, agora na incubência de
ajudar seu pai na agricultura, foi onde teve a oportunidade de freqüentar a
Escola da Professora, Francisca Maciel Costa, carinhosamente chamada até os
dias de hoje de Dona Chicuta.
Em 1961, a
Ererê, para de forma oficial, começar seus estudos, junto a Escola de 1º Grau
Senador Fernandes Távora, tendo como principais Professoras, a Sra. Francinete
Queiroz e Lenice Porto, dentre outras que já nesta época lecionavam com muita
competência, o ajudando assim, a concluir o seu primário.
Em 1969, fez o exame de admissão, como critério para estudar no Centro
Educacional Antonio Lopes de Queiroz – CEALQ, Escola particular da Campanha
Nacional das Escolas da Comunidade – CNEC. Com muito sacrifício, consegui
estudar durante esse ano, para em 1971, sendo novamente a abandonar seus
estudos para trabalhar em uma frente de serviço na Região de Pereiro – Iracema,
mais uma vez, por ocasião da seca que assolava esta Região.
No mês de Abril de 1970, foi promovido ao cargo de Sub-Chefe do
escritório desta frente de serviço, permanecendo no cargo, até o mês de Maio de
1971, desenvolvendo seu trabalho e ajudando aos conterrâneos, sempre que lhe
eram dadas oportunidades.
Com o final da frente de serviço, em Junho de 1971, Zé Romilton, agora
participara do concurso para recenseador, junto a Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística – IBGE, sendo aprovado na 2ª colocação. Desempenhou
a função de recenseador até o mês de fevereiro de 1972.
Com o restante do que sobrara do seu salário, Zé Romilton, no mesmo ano,
resolveu investir no ramo das atividades comerciais, sendo ele, o proprietário
de uma “bodega”. (pequeno estabelecimento comercial no Sertão Nordestino).
Em 15 de Abril de 1973, casou-se com a Maria das Dores Freire Cavalcante,
casamento no qual, tiveram dois filhos: Tércio Freire Cavalcante e Tássia Freira
Cavalcante. A partir daí, deixou o seu comércio para seu pai administrar,
passando assim a trabalhar em loja de tecido de propriedade de seu sogro, o Sr.
Arestides Augusto Freire, onde permaneceu trabalhando do ano de 1973 ao ano de
1977.
Ainda em 1977, foi aprovado no concurso para assumir a gerência da agência
dos correios de Ererê, sendo ainda, o representante legal do Instituto Nacional
de Seguridade Social – INSS, sendo também muito importante, na luta pela
criação do Banco Postal, onde se podia efetuar pagamentos de vale gás,
emergenciados, apontador de outros tipos de pagamentos. Isso tinha uma grande
importância na época, pois, se tratava de uma ferramenta muito moderna, e até
então desconhecida no município.
Sua trajetória política iniciou-se nas eleições municipais, Ererê ainda
sendo Distrito de Pereiro, eleição que ficou conhecida na História de Ererê,
como: “O Lira” representado pelo Sr. José Guerra Lira, contra “O Velho”,
representado pelo Sr. João Terceiro de Souza, saindo vencedora a chapa do
“Velho”, porém, nesta eleição, aconteceu algo que jamais tinha acontecido em
Ererê, pela primeira vez, o grupo liderado pelo “Velho” amargava uma derrota
nas urnas de Ereré, tendo sido, Zé Romilton, juntamente com a sua família, um
dos colaboradores para esse feito inédito.
Como funcionário dos correios e representante do INSS, começou a ajudar o
seu povo, através de encaminhamentos para aposentadorias e outros benefícios
que a empresa lha dava o direito, ganhando assim a admiração e a gratidão dos
que por ele foram ajudados.
No processo de Emancipação, até o plebiscito, foi extremamente
importante, sendo reconhecido como um dos mais importantes para realização
desse sonho, que mais tarde tornava-se realidade.
Nas eleições municipais de Luiz Gonzaga Pessoa (Luiz Moura), e José
Jailton Oliveira Batista (Jailton), participou ativamente dando o seu apoio,
bem como o de toda a sua família, sendo um dos articuladores dessas duas
campanhas.
Em 1993, no mandato do então na época, Prefeito Jailton, tornou-se Diretor
do Centro Educacional Antonio Lopes de Queiróz – CEALQ, trazendo para esse
município, o primeiro curso de Magistério.
Nas eleições de 1996, por não concordar com a forma de governo do grupo,
que ela havia apoiado, resolve sair de forma limpa e transparente, sair da
posição de situação, para oposição, formando assim, junto com outras pessoas,
outro grupo político.
Neste mesmo ano, Zé Romilton com o
seu grupo lançou nas eleições municipais, a chapa encabeçada pelo Sr. José
Guerra Lira, tendo com candidato a vice prefeito, o Sr. Augusto Freire Neto,
concorreram contra a forte chapa composta pelo Sr. José Pessoa de Queiróz Moura
(Zé Moura), tendo como seu vice, o Sr. Manoel Martina Alves (Nelson Martins),
sagrando-se assim, vencedora, a chapa de Zé Moura com um total de 1.710 votos,
contra 1.487 da chapa opositora.
Com o mandato do Prefeito Zé Moura, de 1º de Janeiro de 1997, à 31 de
Dezembro de 2000, muitas coisas aconteceram na vida de Zé Romilton e de sua
família, perseguições políticas e ameaças, tendo ainda ter que ver alguns dos
seus irmãos, serem dispensados dos cargos que exerciam na Prefeitura, por conta
de divergências políticas, sendo dois deles, Antonio Fábio Rodrigues Cavalcante
e Carlos Henrique Rodrigues Cavalcante, obrigados a se deslocarem para o Estado
de São Paulo, em busca de melhoras, juntando-se Francisco das Chagas Cavalcante
e Valter Rodrigues Cavalcante, mais dois irmão que lá já residiam.
Diante tudo isso, somando-se a morte de seu pai, Zé Romilton, com muita
consciência e inteligência, continuava a frente como líder da oposição,
trabalhando sempre em prol do povo de Ererê. Permaneceu firme, até que em uma
reunião com seus aliados políticos, decidiram que ele seria o candidato a
concorrer a prefeitura de Ererê.
Conforme o combinado, nas eleições municipais de 2000, pelo Partido
Trabalhista Brasileiro – PTB, a chapa de Zé Romilton, tendo com vice prefeito
José Jailton, derrotaram a chapa do Sr. José Constatino de Queiróz e do seu
candidato a vice, o Sr. José Daciso Maia de Sousa, ambos filiados ao Partido do
Movimento Democrático Brasileiro – PMDB.
Com o sufrágio de 2.042 votos, contra 1.114, Zé Romilton entra para
História, como detentor da maior maioria de votos já conseguida no município de
Ererê, com uma diferença de 1.288 votos, ultrapassando o total de votos
conseguidos pelo seu opositor.
Em 1º de Janeiro de 2001, toma posse, juntamente com seus vereadores,
vice prefeito e equipe administrativa, ficando no cargo de prefeito, até o dia
31 de Dezembro de 2004, isso, do seu 1º mandato, pois em meados de 2004, Zé
Romilton, é escolhido pelo seu grupo político, a mais uma vez repintá-los nas
eleições de 2004.
Agora no Partido Social Democrático Brasileiro – PSDB, tendo com seu
candidato a vice prefeito, o Sr. Cícero Antonio de Figueredo (Cícero Dourado),
Zé romilton concorreu mais uma vez ao cargo de prefeito, contra a forte chapa,
tendo o ex- prefeito Luiz Moura como candidato a prefeito e o Sr. Antonio
Medeiros, conhecido com Dr. Antonio.
Prevaleceu novamente a força do grupo político Zé Romilton, com 2.054
votos a seu favor, contra 1.546 votos do seu opositor, Zé Romilton, entra mais
uma vez para História deste município, agora sendo o primeiro prefeito s ser
reeleito neste município.
Novamente empossado em 1º de Janeiro de 2005, exercendo o cargo de
prefeito até 31 de Dezembro de 2008, Zé Romilton ainda conseguiu um feito muito
importante e difícil dentro do cenário político, ficava em suas mãos, tentar
fazer o seu sucessor. Fato conseguido nas eleições municipais de Outubro de
2008, conseguindo assim, fazer a tão difícil transferência de votos para outra
pessoa. E com mais um brilhante vitória tornava-se prefeito municipal, apoiado
por Zé Romilton e seu grupo, o Sr. Manoel Martins Alves.
Hoje, como ex-prefeito, se considera um homem realizado, e muito grato ao
povo de Ererê, pelo respeito, pela gratidão e pela total confiança depositada a
ele, para condução do destino do município de Ererê, durante oito anos.
Diz-se ainda, muito feliz, por seus dois filhos, um neto, esposa e treze
irmãos que muito o respeitam, por ter, apesar de pobre, com muito sacrifício,
conseguido formar a sua filha, feliz pelas amizades sinceras, triste, pelas
decepções sofridas no campo da política e na vida pessoal, principalmente, por
pessoas de onde não se esperava, mas, como diz o jargão popular: “nas horas
difíceis, é que conhecemos os nossos verdadeiros amigos”.
Conclui Zé Romilton, serei eternamente grato a Deus, pela nossa vida e também
nossa saúde, pela vida de uma pessoa muito importante, para que nós conseguíssemos
chegar onde chegamos, refere-se a Dona Merência (sua mãe), guerreira, amiga e
excelente Mãe, que ao lado dos nossos irmãos e filhos, são a razão maior da nossa
existência.
PRIMEIRA POSTAGEM
Autor do Artigo: Antonio Tibuço Eduardo da Silva
Formação: Graduado em História pela Universidade Regional do Cariri - URCA
A
FUNDAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ERERÉ
Nasceu pelo Padre Daniel Fernandes de Moura,
que possuía com seu cunhado Joaquim Xavier Maia, (Quinco Maia), uma fazenda de
gado na região, surgindo o povoado a partir da construção da capela por eles
fundada, sob égide São João Nepumucema,
a imagem do padroeiro na época, foi doada por João Soares Felix. Sua fundação
faz uma estimativa que foi no ano de 1776, devido uma telha com essa data
encontrada anos depois na cobertura da capela.
O povoado recebeu primeiramente o nome de
Saco de Orelha, conforme versão dos mais antigos, devido à região ter sido
descoberta quando um cavalo de nome o Orelha, de propriedade e estimação do Padre
Daniel, havia sumido e depois encontrado morto amoronhado nos sovacos de serra
do Sitio Flores, daí surgiu a idéia de povoar a região e consequentemente
colocar esse nome.
Esse povoado administrativamente pertencia
ao município de São Bernardo de Russas, atual município de Russas, Província do
Ceará Grande, anos depois, passou a pertencer ao município de Jaguaribe Mirim,
Comarca de Icó. Saco de Orelha, passou a categoria de distrito no dia 24 de
novembro 1864, pela lei de nº. 1135 e Ato Provincial de 2206 de 1869, anexado a
Vila de Santos Cosme e Damião, atual cidade de Pereiro. Essa denominação
prevaleceu até o ano de 1918, quando ouve uma nova denominação e Saco de Orelha
passou a denominar-se Ipiranga.
O processo de infra-estrutura quase se
resumiu a construção de moradias. No povoado foi construído a Igreja Católica,
data de 1828, construída pelo Padre Daniel I, que antes da construção da igreja
havia uma capela. O cartório de registro civil de Ereré, traz o histórico de construção
desde o povoado de Saco de Orelha, pois foi fundado em 1891, como também a
construção do cemitério local, para atender a demanda não só dos mortos em Ererê,
pois diz a história que os mortos em Mundo Novo, atual Doutor Severiano Rio grande do
Norte, eram sepultados aqui. Não há registro de qualquer outra infra- estrutura
no povoado.
“Como principal destaque de
suas atividades sacerdotais, sabemos que, em 1828, na Fazenda Saco de Orelha,
as suas próprias expensas, constituiu uma Capelinha sob a invocação de São João
Nepomucencena, anos depois, mudada para a de Senhor Bom Jesus da Agonia.(SILV. 1990
p. 39)
Existem até os dias atuais, vários prédios
residenciais edificados no antigo Saco de Orelha, na Avenida Padre Daniel,
principal Rua de Ereré, onde estão concentrados nas principais e mais antigas construções.
A primeira casa construída, hoje pertence à família de Cleodato de Queiroz Porto,
que nunca mudaram a sua fachada, outras casas já tem mais de um século.
O município de Ereré, atualmente conta com
mais de quarenta comunidades rurais, todas elas trazem um histórico bem antigo
em relação a história de povoação e fundação dessas localidades. Algumas dessas
comunidades começaram ser povoadas antes de surgir o povoado de Saco de Orelha,
o processo de povoação na Zona rural, foi surgindo devido os grandes
proprietários rurais, que adquiriram suas propriedades e as famílias de baixo
poder aquisitivo, passavam residir nessas propriedades como moradores, essas
pessoas viviam da agricultura, e para explorarem as terras dos patrões tinham
que pagar uma determinada contra partida, mais conhecida como renda, pois eram
também chamados de rendeiros. Nas localidades rurais era construída a casa da
fazenda, onde morava o senhor dono das terras e em torno da casa grande, eram construídas
as casas dos filhos, que se casavam e as casas dos moradores, essas geralmente
de taipa. Muitas construções dessa época ainda resistem ao tempo, na zona rural
de Ereré, ainda existe varias casas com um modelo bem antigo, tais como a casa
da família do Senhor Manoel Francisco da Costa no sitio Cantinho, a Casa da
família de José Simão, no Sítio Riacho da Serra, a casa da família de Celso Paraibano
no sítio Pau Ferrado entre tantas outras.
Foram grandes, as dificuldades enfrentadas
pelos habitantes desse povoado, grandes secas assolaram a região, a seca de
1877, foi uma das maiores já registradas no nordeste, nessa época muitos
habitantes migraram para outros pontos do estado e do Nordeste, vidas humanas foram
ceifadas em conseqüência dessa seca. Nos períodos invernosos, as maiores
dificuldades aconteciam em conseqüência do isolamento das comunidades rurais,
já que o município, é cortado por alguns rios que no período invernoso deixam algumas
comunidades sem acesso. Também não existiam estradas conservadas, as vias de
acesso eram chamadas veredas, ou seja, pequenas trilhas feitas no matagal.
Em relação à educação, há registro no
livro filhos ilustres de Pereiro que o Padre Daniel II, era inspetor escolar,
mas não havia escolas públicas. Esse mesmo livro diz que em 1916, havia uma
professora de nome Francisca Moraes Falcão, mais conhecida por dona
Francisquinha.
DE SACO DE
ORELHA A IPIRANGA
O antigo povoado de Saco de Orelha, passou
a chamar-se Ipiranga em 1918, segundo o Histórico do município, mas há
documentos que comprovam que
oficialmente essa denominação só se deu em 1933, pelo Decreto lei
estadual nº. 1156 de 04 de dezembro de 1933, que continuava como distrito de Pereiro.
Nessa época o distrito já estava bem mais povoado, a zona urbana já tinha um número
bem elevado de moradores. A zona rural também, já tinha um considerado número
de habitantes, nessa época praticamente também não tinha quase infra-estrutura.
A única obra pública construída no Distrito de Ipiranga foi o Barracão, hoje
conhecido por mercado publico, essa obra foi construída por Abílio Alves
Bezerra, que em 1927, construiu também a casa de Saturnino Araponga. Não há
registro da participação de seus filhos na política nessa época, mostra - se
assim o limitado interesse de seus filhos, pelo desenvolvimento do distrito.
Tínhamos algumas escolas isoladas, onde a
clientela de aluno era muito pequena, pois as escolas não eram publicas. Na
década de 40, havia na sede do distrito
uma professora por nome de Maria Emilia de Almeida Lima, que lecionava até a 4ª
entrância. Atualmente, a Biblioteca municipal tem o nome de Maria Emilia de
Almeida Lima.
A religião praticada na época era a
católica, a dedicação, a fé e a penitencia era muito grande. Era uma época onde
a fé predominava acima de tudo, outras religiões eram desconhecidas, a
freqüência nos domingos de missa era muito grande, o costume de ir a igreja
passava de gerações para gerações.
Até 1920 o nosso padroeiro era São João
Nepumocema, em 06 de janeiro de 1920, foi celebrada a primeira missa consagrando o novo padroeiro, Senhor Bom Jesus da Agonia,
que permanece até os dias atuais. O celebrante foi o Padre Miguel Xavier de Moraes,
que assim como os demais padres que por aqui passaram residiam em pereiro.
Naquela época tinha a cultura de
celebrarem missas e casamentos, também nas residências, pois não existia capela
na zona rural. Solvo a Avenida padre Daniel que tinha sua arquitetura de casas
e sobrados, as demais residências geralmente, eram feitas de taipa. Prevalecia
a agricultura de subsistência, os produtos cultivados eram o milho, feijão,
arroz algodão.
Esses produtos abasteciam o comercio local,
principalmente, na época da safra do algodão, um produto de grande valor em
toda a região, tão valoroso que era chamado de ouro branco. Nesse período a
economia crescia em geral, pois todos os agricultores locais cultivavam e
vendiam esse produto. A exportação para outros centros urbanos era transportada
em animais, os condutores desses rebanhos eram chamados de tropeiros. Outra
fonte de renda era a pecuária, onde o leite era utilizado para vários fins, e a
criação de outros rebanhos como caprinos ovinos e suíno.
DE IPIRANGA A
ERERÉ
Em divisão territorial para tirar as dúvidas,
entre os limites dos municípios de Pereiro
e Icó, o Presidente da República na época, Getúlio Vargas, tomou
conhecimento da existência do povoado de nome Ipiranga, e não permitiu o nome histórico em outro
local, e mandou uma liminar ao Prefeito
de Pereiro, na época Humberto Queiroz extinguindo o nome e a nova denominação
de Ipiranga para Ereré, se deu em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto Lei Estadual nº. 1114. O novo distrito permaneceu sob o domínio
administrativo de Pereiro. O distrito na época, já tinha um número mais elevado
de habitantes e consequentemente eleitores, a sua área territorial também era
bem elevada, esses fatores contribuíam para que seus filhos, demonstrassem, o desejo de participar ativamente da política
de Pereiro, município sede, não apenas como eleitores, mas como concorrentes e futuros detentores de mandato.
EVOLUÇÃO
POLÍTICA
Em 1945, foi dado um grande passo para o
desenvolvimento da nossa terra, Francisco Nogueira de Queiroz, que apenas nasceu
em Portalegre RN,
mas que residia e tinha suas raízes familiares aqui, foi nomeado Prefeito do
município de Pereiro, pois na época o Brasil vivia a Ditadura do Governo
Getulio Vargas, na época as eleições para cargos do Poder Executivo eram de
forma indireta. Com um erereence no poder, cresceu a esperança por dias
melhores, pois Francisco Nogueira, apresentava-se como uma alternativa de dias
melhores.
Em 1947 quando já eram possíveis eleições
diretas para os cargos do Poder Executivo, Francisco Nogueira de Queiroz, foi
eleito pelo voto direto, Prefeito do Município de Pereiro, sendo seu segundo
mandato. O Distrito de Ipiranga ficou com representação no Poder Executivo e no
poder Legislativo, dois erereences foram eleitos vereadores, representando o
Distrito de Ereré, Saturnino Araponga e Cleodato de Queiroz Porto.
Nessa gestão cresceu ainda mais a
expectativa do povo pelo desenvolvimento local, nesse período foi ampliado o
antigo barracão, hoje mercado publico, aquisição da Agência dos Correios e
Telégrafos, pois na época era grade a
migração de nossos filhos para outras regiões do país, principalmente para a
região norte, devido a extração da borracha, daí a necessidade de uma Agencia
dos Correios, para facilitar a comunicação entre parentes, que se dava através
de cartas e telegramas.
Outra importante ação dessa gestão foi a
luta em prol da construção de um grupo escolar, dada a necessidade de uma
escola no distrito, sendo que as aulas na época eram ministradas nas
residências das professoras. Vale ressaltar o grande empenho do Vereador Cleodato
de Queiroz Porto pela realização dessa obra. A construção do Grupo escolar teve
inicio ainda no mandato de Francisco Nogueira, sendo concluído na administração
do seu sucessor Humberto Queiroz.
Em 1950 ouve novamente eleição municipal, sendo
eleito prefeito de Pereiro o Senhor Humberto Nogueira de Queiroz, nesse mandato
Ereré não teve nem um filho com mandato eletivo, mas participou ativamente do
pleito eleitoral. Teve como principais obras a implantação da energia a motor,
ou seja, só tinha iluminação pública até as 21:00 h, a partir de então, eram
desligadas todas as luzes e só retornava, no início da noite seguinte. Foi
concluída a construção do grupo Escolar Senador Távora, atualmente, Escola de
Ensino Fundamental e Médio Senador Távora.
Em 1954, Francisco Nogueira de Queiroz,
foi novamente eleito prefeito de Pereiro, foi o seu terceiro mandato. Nessa
gestão, Ererê não teve representação no Poder Legislativo. Foi um mandato
voltado ao desenvolvimento de Pereiro, ao final de sua gestão ouve a seca de 1958,
uma das maiores do século XX, mesmo com tantas dificuldades, conseguiu frentes
de serviços, para atender as famílias mais necessitadas.
Na eleição municipal de 1958, foi eleito
Francisco Benicio Nogueira Diógenes, os representantes dos Poderes Executivo e
Legislativo eram todos de pereiro, mas Ereré tinha notório reconhecimento dos
mandatários nessa gestão.
Em 1962, ouve novamente eleição municipal,
dessa vez dois erereences saíram eleitos na condição de Prefeito e Vice, pois
José Guerra Lira que nasceu em Iracema, mas que chegou aqui muito novo e
construiu um vinculo político e familiar em Ereré, foi eleito prefeito e
Francisco Nogueira de Queiroz, que já havia sido eleito três vezes prefeito,
nessa eleição foi eleito vice-prefeito.
Esse mandato se voltou principalmente, em
ajudar a população mais carente, Zé Lira era conhecido como o pai da pobreza. Entre
algumas obras, destacam-se, a reforma do mercado público, mais conhecido como
barracão. Nesse mandato, Erere foi elevado à categoria de município pela Lei
Estadual nº 6072 de 29 de setembro de 1962, e foi município durante quase três
anos, mas não foi instalado, em 1965 pela Lei Estadual 8339 de 14 de dezembro
de 1965, foi extinto o município de Ereré que voltou a pertencer a Pereiro na
condição de distrito.
Em 1966, Ereré sai vitorioso, Francisco
Nogueira de Queiroz conquista o seu quarto mandato, à frente da prefeitura de
Pereiro. O processo de desenvolvimento do distrito de Ereré, continuou tendo
atenção do Poder Executivo Municipal, entre as obras dessa gestão, se destacam
a construção da Escola de 1º Grau Manoel Augusto de Queiroz e a construção do
Centro Educacional Antonio Lopes de Queiroz, para funcionar a CENEC (Companhia
Nacional de Escolas da Comunidade), hoje funciona a Secretaria Municipal de
Educação.
Na eleição municipal de 1970, José Guerra
Lira disputou a sucessão municipal de em Pereiro, mas foi derrotado por João
Terceiro de Souza, mesmo assim Ereré, teve a sua representação no poder
Executivo, Francisco Pessoa de Moura, filho e residente em Ereré, foi eleito
Vice Prefeito. No Poder Legislativo, Ereré teve três representantes, Pedro
Regis de Melo e Francisco Honorato de Queiroz Neto e Luis Martins Paiva.
Ereré nessa gestão, foi contemplado com
obras importante para o favorecimento da vida de seu povo. Foi construído um
posto de saúde na sede do distrito, pavimentação de alguns pontos críticos na
estrada que liga Ereré, a Pereiro e a construção da tarimba, hoje açougue público.
Ainda sobre a campanha eleitoral, parte da população de Ereré nunca se
conformou com a derrota de Zé Lira, pois muitos alegam que ouve fraude na
apuração das urnas e que o resultado dessa eleição saiu após dezesseis dias da
eleição.
Em 1972, mais uma vez Ereré sai na frente,
no pleito municipal, Francisco Nogueira de Queiroz, foi eleito Prefeito,
conquistando assim o seu quinto mandato. Entre as obras de sua gestão,
destaca-se, o início da construção do Hospital municipal, que só foi concluído
em 1989, depois de duas décadas do início de sua construção. Atualmente, esse
hospital tem o nome de Francisco Nogueira de Queiroz. No Poder Legislativo,
tivemos como representantes, Pedro Régis de Melo, Francisco Honorato de Queiroz
Sobrinho e José Aguimar Dias, residente na Vila São João de Ereré.
Em 1976, João Terceiro de Souza, foi
eleito Prefeito de Pereiro, Ereré teve sua representação através de seu filho
Francisco Paiva de Andrade, mais conhecida por seu Crisio. No Poder Legislativo,
tivemos como representantes, Pedro Régis de Melo, José Segundo de Lima e a jovem
Antonia Oneide Cavalcante, com apenas dezoito anos de idade, obteve 505 votos,
votação Record.
Nessa administração, Ereré foi contemplado
com algumas obras que até os dias atuais beneficiam a nossa população, tais
como, energia elétrica, também chamada energia de Paulo Afonso, pois antes a
energia era a base de motor, a qual só funcionava até às 21:00h. Essa rede de energia
beneficiou a população da sede de Ereré até a Vila São João. Recebemos outras
obras como, pavimentação na Avenida Padre Daniel e alguns trechos de outras
ruas, construção de um matadouro, construção do posto de saúde da Fundação
SESP, implantação do destacamento de polícia, construção de um grupo escolar na
Vila São João e pavimentação de alguns trechos na estrada que liga Ereré a Pereiro.
È conveniente lembrar a dedicação de
Francisco Paiva de Andrade, seu Crisio que fora eleito Vice Prefeito, para com
o nosso povo. Sem ter ao menos concluído o primeiro grau, ele era farmacêutico
prático, muitas vezes não cobrava um centavo de ninguém em troca dos medicamentos
que prescrevia, além de realizar consultas, seu Crisio também fazia suturas e
outros procedimentos médicos, dados a
falta de outro profissional qualificado. Em 1972, na chacina que ocorreu no Sítio
Pau Ferrado, seu Crisio foi solicitado pela Delegacia de Polícia de Pereiro,
para fazer os exames cadavéricos. Em 2007, merecida mente a Câmara Municipal de
Ereré, aprovou um Projeto de Lei, denominando o posto de saúde de Ereré, com o
nome de Francisco Paiva de Andrade.
Na eleição municipal de 1982, foi eleito
Prefeito de Pereiro, Antonio Mardonio Ozório Diógenes, nessa gestão Ereré teve
sua representação no Poder Legislativo através dos Vereadores José Grisotenes,e Pedro Régis de Melo, que
conquistou o seu quarto mandato como Vereador de Pereiro. Algumas obras de
importante interesse da população foram adquiridas, tais como a implantação de
um posto telefônico, antiga TELECEARÁ. Nessa administração, os senhores José Pessoa
de Queiroz Moura e José Pessoa de Queiroz desenvolvia agiam como
administradores distritais.
DIFICULDADES
Antes da emancipação e mesmo com os nossos
filhos detentores de mandato, nosso povo passou por muitas dificuldades, pois
tudo dependia de Pereiro, sede do município. Na área educação funcionava apenas
o ensino fundamental, no setor saúde tínhamos um posto de saúde da fundação SESP,
onde o atendimento médico se dava apenas uma vez por semana, os funcionários
desse posto de saúde realizavam serviços como curativos, aplicavam injeções e
vacinavam crianças na época de campanhas de vacinação.
A segurança pública também não existia,
alguma infração que por ventura viesse ocorrer no distrito, os policiais vinham
de Pereiro, isso favorecia muito os desmando e a criminalidade, pois em nossa
história há uma página vermelha, devida tantos homicídios que aconteceram ao
longo do tempo, muitas vezes por motivos banais, a impunidade, a inguinorancia
e a falta de segurança contribuíram decisivamente para tanta violência.
Em
1972, uma briga por questões de terras entre proprietários e rendeiros teve
repercussão na imprensa do estado do Ceará, vários jornais enviaram
correspondes até Ereré para fazerem a cobertura da chacina de Pau Ferrado. Em
1982, Ereré voltou a ser destaque em toda região, numa chacina que aconteceu no
centre de Ereré, onde um soldado foi assassinado, um pai de família e uma
criança morreram vitimas de bala perdida. Outros assassinatos marcaram a nossa
historia.
A EMANCIPAÇÃO
O sonho pela independência sempre habitou
no coração de cada erereence, a luta por essa conquista começou em 1962, quando
Ereré chegou a ser elevado a categoria de município três anos depois voltou a condição de
distrito. Na década de 80, reacendeu o sonho dessa população, tendo requisitos
necessários para a emancipação, em 20 de dezembro de 1983, Cleodato de Queiroz
Porto ex Vereador pelo município de Pereiro, mas filho e residente em Ereré,
protocolou na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, uma Abaixo Assinado
contendo 485 assinaturas, solicitando a Assembléia Legislativa a autorização
para a realização de uma consulta plebicitária, ou seja, a realização de um
plebiscito, onde oficialmente a
população iria manifestar através do voto a vontade de ver Ereré emancipado.
Nessa época o Presidente da Assembléia
Legislativa era o Deputado Aquiles Paes Mota, que de imediato acolheu o pedido
e passou a tomar as providencias necessárias para essa finalidade. Foram
oficializados pela Assembléia Legislativa, o IBGE, o Tribunal Regional
Eleitoral e a Secretaria Estadual da Fazenda, com objetivo de ter informações
sobre o número de eleitores, número de habitantes, número de domicílios e a
arrecadação do distrito, essas informações eram indispensáveis para que fosse
realizada a consulta plebicitária.
Após tramitar dois anos na Assembléia
legislativa, o Processo nº 1360/83, que versa sobre a emancipação de Ereré, recebeu
parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça daquela Casa
Legislativa, para que fosse realizado o plebiscito. Em 08 de maio de 1985, o
Projeto de Decreto Legislativo de nº 01/85, foi aprovado para que houvesse a
consulta plebicitária no distrito de Ereré.
Em 21 de maio de 1985, o referido Decreto Legislativo, foi publicado no
Diário Oficial do Estado do Ceara. Em 06 de outubro de 1987, a população erereence
compareceu as urnas e 95% dos eleitores disseram sim pela emancipação.
Com o resultado da consulta plebicitaria,
o Deputado Estadual Osmar Diógenes, apresentou na Assembléia Legislativa o
Projeto de Lei nº 19/87, que versava sobre o desmembramento de Ereré do
município de Pereiro. O projeto foi aprovado e em 04 de junho de 1987, foi
sancionado pelo Governador do Estado, na época, Tasso Ribeiro Jereissati, como
Lei Estadual 11.328/87.
Em 08 de junho de 1987, a Lei Estadual
11.328/87, foi publicada no Diário Oficial do Estado do Ceara. Já município,
Ereré ainda viveu um ano e seis meses sob o domínio de Pereiro. Sobre a forma como se escreve e se pronuncia a
palavra Ereré, vale salientar que no passado sempre se escreveu e se pronunciou
Ereré, com acento agudo, tanto é que a lei estadual 11328 de 04 de junho de
1987, está escrito Ereré, com acento agudo, mas de alguns tempos para cá muitas
pessoas passaram a escrever e pronunciar Ererê, com acento circunflexo, até
mesmo em documentos oficiais. Mas na confecção desse trabalho achamos por bem
escrever Ereré, como está escrito na lei acima especificada.
A INSTALAÇÃO DO NOVO MUNICÍPIO E SUAS ADMINISTRAÇÕES
Em 15 de
novembro de 1988, foi realizada a primeira Eleição Municipal no recém criado município
de Ereré. Foram eleitos, Luiz Gonzaga Pessoa, prefeito e José Guerra Lira, vice-prefeito,
ambos do PMDB, disputaram com José Pessoa de Queiroz e Raimundo Aquino de Souza
pelo PFL, candidatos a prefeito e vice-prefeito respectivamente. Para compor a
Primeira Legislatura foram eleitos os Vereadores, Pedro Regis de Melo, José
Jailton Oliveira Batista, José Pessoa Lira, José Maciel de Paiva, Francisco
Paiva de Andrade, Otacílio Casimiro da Silva, Geraldo José do Carmo e Antonio
Soares de Oliveira e João Dantas de Oliveira.
Em 1º de
janeiro de 1989, foram empossados seus primeiros administradores e instalado o
novo município. Foi uma gestão muito progressiva, Ereré quase não tinha infra-estrutura,
a limpeza da cidade, foi a primeira ação do novo gestor, pois como até então,
não havia coleta, todo o lixo era jogado nos arredores da cidade ou quase
dentro da zona urbana e formava verdadeiras montanhas de lixo. Comprou um
trator novo, uma ambulância nova, pavimentou várias vias publicas, construiu um
açougue público, escolas na zona rural, abriu e conservou estradas vicinais,
concluiu a maternidade, conseguiu eletrificação para a Vila Varjota, construiu
o prédio da Agência dos Correios, e implantou um posto telefônico na Vila São
João. A maior obra dessa gestão, foi o abastecimento de água da zona urbana. Em
1990, nasceu a primeira criança no Hospital de Ereré.
Em 1992,
foram eleitos prefeito e vice-prefeito o jovem José Jailton Oliveira Batista e
Jose Pessoa Lira, ambos do PSDB, que concorreram com o agro pecuarista José
Pessoa de Queiroz e Francisco Rodrigues de Andrade, pelo PDS, prefeito e vice-prefeito
respectivamente. Nessa segunda
Legislatura, a Câmara de Vereadores, foi composta pelos vereadores, Cícero
Antonio de Figueiredo, José Maciel de Paiva, Francisco Alves de Queiroz, José Constantino
de Queiroz, Antonio Teodozio Sobrinho, Gabriel Pedro de Souza, Josafá Avelino
Magalhães e Manoel Martins Alves.
O novo gestor
deu prioridade ao processo de infra-estrutura da cidade, pavimentou algumas
ruas, eletrificou o Distrito de Tomé Vieira, construiu e reformou escolas na
zona rural, construiu a Escola de Ensino Fundamental 4 de junho, maior escola
do município, criou a Secretaria Municipal de Ação Social, colocou um médico de
plantão no município.
Nas eleições
de 1996, disputaram José Pessoa de Queiroz Moura e Manoel Martins Alves pelo
PSDB, na condição de prefeito e vice prefeito, ambos foram eleitos, José Guerra
Lira e Augusto Freire Neto, prefeito e vice respectivamente, disputaram pelo
PMDB, mas não lograram êxito.
A terceira gestão municipal se
destacou pelo recebimento de obras estruturantes, com recursos do Governo do
Estado, que foram de fundamental importância para a melhoria da qualidade de
vida da população no presente e no futuro. Nessa gestão, foi implantado o
sistema DDD, (discagem direta a distancia), até então havia na sede do
município um posto telefônico. Foram construídos dois açudes de médio porte,
nas localidades de santa Maria e Boa Esperança, conclusão da CE 138, que Ereré
a Fortaleza, implantação da Comarca de Ereré, vinculada a Pereiro, construção
do Fórum, através do Tribunal de Justiça do Ceará e a implantação do Fundo de
desenvolvimento da Educação e Valorização do Magistério (FUNDEF).
A Câmara Municipal,
foi composta pelos vereadores, Raimundo Augusto Sobrinho, Josafa Avelino
Magalhães, Gabriel Pedro de Souza, Francisco Gomes de Araújo, José Constantino
de Queiroz, Raimundo Nogueira de Souza, Cícero Romão da Silva, Maria Célia
Paiva Alves e José Raimundo de Sousa.
Na eleição municipal de 2000, foi eleito
prefeito, o funcionário público federal, José Romilton Cavalcante, como seu
vice prefeito foi eleito o ex-prefeito José Jailton Oliveira Batista, ambos do
PTB, PPS, respectivamente. Concorreram pela chapa adversária, o Vereador José
Constantino de Queiroz e o jovem José Daciso Maia de Sousa, ambos do PMDB.
Lotado na Agência dos Correios de Ereré há 23 anos, essa trajetória, foi
fundamental para a vitória de Zé Romilton como é conhecido. Na história
política de Ereré, foi a primeira vez que uma chapa de oposição saiu vitoriosa.
Essa gestão gerou uma expectativa muito grande na população, principalmente, em
centenas de eleitores que sempre votaram contra as gestões anteriores.
Inicialmente
a meta principal da nova administração, foi a organização das finanças públicas.
Como principais obras, destacamos a pavimentação de várias vias públicas, e
saneamento básico, construção de uma quadra de esportes com recursos estaduais,
compra de vários veículos novos incluindo duas ambulâncias, aquisição de uma
vam, um microônibus para atender os alunos das redes municipal e estadual de
ensino, eletrificação, abastecimento de água e construção de kits sanitários,
pavimentação de pontos críticos e construção de várias passagens molhadas em várias
comunidades rurais, construção de um novo matadouro público, construção de
praças na zona urbana e realização de grandes festas em alusão ao padroeiro do
município e as festas alusivas ao aniversário do município a cada ano.
A Câmara de
Vereadores era composta pelos
vereadores, Antonio Bento da Costa, Raimundo Augusto Sobrinho, Josafa Avelino
Magalhães, João Dantas de Oliveira, Gabriel Pedro de Souza, José Raimundo de
Sousa, Cícero Romão da Silva, Reginaldo Alves de Aquino e Francisco Alves Linhares.
Na eleição
municipal de 2004, José Romilton Cavalcante concorreu à reeleição ao lado de
Cícero Antonio de Figueiredo, ambos do PSDB e PRP foram eleitos, na chapa de
oposição concorreram Luiz Gonzaga Pessoa e o Medico Antonio Lisboa Cardoso de
Medeiros que foram derrotas por uma diferença de 504 votos, ambos eram do PMDB.
Nesse
segundo mandato, José Romilton deu continuidade o trabalho que desenvolveu em
seu primeiro mandato, tais como: abastecimento de água, eletrificação rural,
construção de poços profundos, pavimentação de vias públicas, construção de um
posto de saúde no Distrito de São João e no Distrito de Tomé Vieira. Implantou
vários programas sociais de valorização do idoso, criança e a comunidade em geral,
reformou a delegacia de polícia local. Ao concluir sua segunda gestão deixou a
sede do município quase 100% pavimentada, a zona rural quase 100% eletrifica.
Uma das maiores obras de seu governo foi a construção da passagem molha do
Distrito de Tomé Vieira, sob o Rio Figueiredo.
A Câmara de
Vereadores, foi composta pelos vereadores, Washington Correia Nogueira,
Raimundo Augusto Sobrinho, Antonio Tiburço Eduardo da Silva, Glauber Lopes de
Holanda, Antonio Bento da Costa, José Daciso Maia de Sousa, Cícero Romão da
Silva, Joelma Batista dos Santos e Antonio Clebio Nogueira d Queiroz.
No último
pleito municipal, 05 de outubro de 2008, concorreram pela chapa de situação os
Senhores Manoel Martins Alves e Reginaldo Alves de Aquino, prefeito e vice-prefeito
respectivamente, Ambos do PSDB e PMDB, que derrotaram Luiz Gonzaga Pessoa,
candidato a prefeito e Glauber Lopes de Holanda, candidato a vice-prefeito,
ambos do PRB e PR.
O lema da
atual administração, é ERERÉ CADA VEZ MELHOR, uma referência a continuidade do
trabalho do ex-prefeito José Romilton Cavalcante. Em sete meses de mandato, a
expectativa da população é que seja uma administração voltada ao
engrandecimento e desenvolvimento do município.
A Câmara de
Vereadores, é composta pelos Vereadores, Antonio Nivaldo Muniz da Silva, Jailson
Oliveira Silva, José Daciso Maia de Sousa, Edineuda Leite de Figueiredo,
Antonio Tiburço Eduardo da Silva, Francisco Djalma de Paiva Soares, Antonio
Matias de Albuquerque, Raimundo Augusto Sobrinho e Francisco Bandeira Maia
Neto.
RELIGIÃO
Em 1828, com recursos próprios, o Padre
Daniel Fernandes de Moura construiu uma igreja no centro do povoado, hoje
igreja do Bom Jesus da Agonia, padroeiro da cidade. A religião católica era a
única praticada, pois não há registro de adeptos de outras religiões. Até os dias
atuais, é muito grande o número de católicos em nosso município. Em diversas
comunidades rurais são encontradas capelas, onde são celebradas missas e
novenas principalmente no período da festa do padroeiro de cada localidade.
A cidade de Ereré, tem como padroeiro o
Bom Jesus da Agonia, suas festas tem início em 28 de dezembro, com a realização
de nove noites de novena, o encerramento acontece no dia 06 de janeiro do ano subseqüente, com a
realização de missa e procissão, a noite acontece a tradicional festa em praça
pública, que teve início e 2001, na gestão do Prefeito José Romilton Cavalcante
. Nesse período muitos filhos de Ereré, que residem fora do município tem a
tradição de visitar os familiares e conseqüentemente participar das
festividades do padroeiro.
É
muito grande o número de pessoas que visitam a cidade nesse período, os
visitantes vem de vários municípios vizinhos, numa demonstração de penitência e
fé. A economia da cidade também cresce nesse período, principalmente, o comércio
de bebidas, comidas e brinquedos.
No segundo domingo de agosto,
tradicionalmente, é celebrada a missa de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, co-padroeira
da cidade, essa tradição teve início em 1949, e permanece até os dias atuais.
O monte São Domingos, geograficamente, é o
ponto mais elevado do município de Ereré, distante sete kilomentros da cidade,
além de um ponto turístico, é também um local religioso, admirado e respeitado
por todos que vivem e habitam essa terra. Em 1937, nesse local foi erguido um
cruzeiro de aproximadamente 10
metros de altura, e uma capela de madeira, sob a
proteção de Nossa Senhora de Lurdes.
Nesse
mesmo ano foi celebrada a primeira missa pelo Padre Pedro, a partir de, então
passou a ser um local de reza e devoção, apesar de ser um local de difícil
acesso devido ser muito acidentada geograficamente, dezena de pessoas costuma
visitá-lo, mensalmente, pois além de um local sagrado é tido também como um
refúgio aos que buscam o lazer.
Ao longo do tempo, outras religiões surgiram
em nosso município, além da religião católica temos a Assembléia de Deus, que a
cada ano vem crescendo o número de evangélicos e a Igreja Cristã no Brasil.
CULTURA
A cultura de um povo muda e diversifica de
geração para geração, assim como percebemos o avanço da tecnologia, o ser
humana muda e evolui a sua maneira de ser e
agir. Mesmo assim acontece com os
costumes, e também com a cultura.
No passado não muito distante, quando os
instrumento musicais não eram tão potentes e sofisticados, era muito comum a realização
de tertúlias aos domingos, onde ao som da sanfona e de um simples pandeiro era
possível dançar, a noite inteira em salas de rebolco, em baixo de uma latada. Havia
os reisados, as cantorias com repentistas emboladores, as fogueiras de Santo
Antonio, São João e São Pedro com bem mais intensidade. Nos dias de fogueira centenas
de crianças eram tomadas como afilhados dos parentes e visinhos.
No período de estiagem as pessoas
costumavam a roubar a foto ou imagem de São José e só devolvia quando chovia,
dizia a tradição que logo que alguém, roubava a imagem de São José, ele mandava
chuva que era para ser devolvido para a residência de seu verdadeiro dono. A
devolução do santo roubado se da através de um acompanhamento, da casa de quem o
roubou o santo até a casa do verdadeiro dono,
onde era realizado um terço em agradecimento pelo início do inverno.
Atualmente, são realizadas no
município, as quadrilhas no período
junino, o carnaval, as cantorias, as vaquejadas, as micaretas, também chamadas
de carnaval fora de época e as tradicionais festas dançantes.
Temos uma
Biblioteca Municipal, o Museu Municipal, e o Departamento Municipal de Cultura
ECONOMIA
Na época da fundação do povoado, a cana de
açúcar era o produto agrícola mais cultivado região nordeste. Como em outras
regiões, aqui também surgiram os engenhos, os escravos eram os lavradores e
responsáveis pela produção e a fabricação dos derivados, principalmente.
rapadura, mel e caldo de cana. A agricultura sempre, foi a atividade mais
desenvolvida nessa região, principalmente no passado, pois não havia outras
fontes de renda.
Ereré se
destaca pela fertilidade de suas terras, no entorno da cidade existe um
cinturão de terras mais baixas, que rodeia a cidade, essas terras também são
chamadas de baixios, nelas eram desenvolvido, o plantio da cana de açúcar. No
passado o algodão foi um dos produtos agrícola que mais contribuiu com a nossa
economia, pela facilidade no seu cultivo, todo os agricultores da região desenvolvia
o plantio do algodão. No período da
safra, a economia ficava em alta, geralmente todos os comerciantes locais eram
compradores de algodão, a economia dos agricultores tanto crescia devido o
cultivo do algodão, como pela mão de obra em relação colheita, que era
remunerada. Esse produto era de tamanho valor, que popularmente, era chamado de
ouro branco.
Há registro
de que o senhor Cleodato Porto tinha um máquina para a retirada dos caroços do
algodão, para facilitar sua exportação para outros municípios. Esse produto era
também utilizado na fabricação de utensílios domésticos, como redes, cobertas,
e até mesmo vestimentas.
Ao longo do
tempo, também surgiram atividades como o plantio da mandioca, eram construídas
as casas de farinha, onde se fabricavam os produtos como, goma e farinha. O arroz, o feijão e milho, são produtos que
resistem até os dias atuais, mas no município apenas é desenvolvida a
agricultura de subsistência, na qual a família planta e colhe apenas para o
consumo familiar e não para a comercialização. O arroz nos últimos tempos é
produzido em menor quantidade, devido os baixos índices pluviômetros, já que é
uma planta que necessita de grande quantidade de água para a sua produção.
O comércio
local vive com base na fonte de renda dos munícipes, ou seja, é pouca a
arrecadação do município, a prefeitura municipal, é a maior fonte de emprego, o
que gera um inchaço muito grande na folha de pagamento, reduzindo assim o
salário de cada servidor. Outra fonte de renda, vem da aposentadoria do INSS, e
dos beneficiários do Programa Bolsa família do Governo Federal, que se destaca
como principal fonte de renda para centenas de famílias de baixa renda. Temos a
inda a pecuária, que contribui com a renda de muitas famílias na fabricação dos
derivados do leite, e a criação de ovinos, caprinos e suínos.
FILHOS
ILUSTRES
Na história de Ereré, alguns de seus
filhos conseguiram destaque e notoriedade no cenário local, regional , estadual
e nacional. Eis alguns de seus filhos ilustres:
Dom José Freire Falcão - Cardeal
Nasceu em 23 de outubro de 1925, na Avenida Padre Daniel,
Ereré CE, atuou como Padre em Limoeiro do Norte Ceará, Bispo em Teresina, Piauí
e em Brasília, onde reside até hoje. Em 2005, com a morte do Papa João Paulo
II, foi um dos Cardeais brasileiro que concorreu à escolha papal no vaticano.
Monsenhor Manoel Caminha Freire - Cônego.
Nasceu em 1908 em Saco de Orelha, atual Ereré, desenvolveu
suas atividades sacerdotais em alguns municípios do Ceará e Rio Grande do Norte,
desde 1949 assumiu a paróquia de Pau dos Ferros RN, onde atuou como vigário até
2001. Faleceu em 2005.
Maria do Socorro França Gabriel - Enfermeira
Ex Primeira Dama do Estado do Pará, é casado com Almir
Gabriel, que foi Governador do Pará em duas gestões. Socorro França, como é conhecida,
foi Secretaria de Ação Social do Pará, nos dois mandatos de Almir Gabriel. Nasceu
em 1935, no Sítio Atalho, Ereré Ceará.
“Aqui há muitas riquezas. É só
jogar um caroço no chão que nasce uma mangueira. Tem os peixes, as castanhas,
comenta a primeira-dama do Pará, Maria do Socorro França Gabriel, casada com o
governador Almir Gabriel. Quem, como eu, nasceu em Ereré, num pé de serra lá no
Ceará, se pergunta como alguém pode ser carente neste estado”
(WWW2.CORREIOWEB.COM.BR. DIA: 25/04/2009.
15:00h.2009)
José Hilson de Paiva - Médico Ginecologista
Nasceu em 1948 no Sitio Seriema, Ereré Ceará.
Em 1988, foi eleito Prefeito de Uruburetama Ceará, sua mulher
Graças Paiva, também foi Prefeita em duas gestões no referido município.
José Valdecio Pessoa – Político
Nasceu no dia 31 de março de 1953, no Sítio Milagres, Ereré
Ceará, se destacou na política, foi por duas vezes eleito prefeito de
Valparaiso de Goiás, Goiás.
José Aleksandro da Silva - Político
Nasceu no dia 06 de julho de 1965, no Sitio Genipapinho,
Ererê Ceará, foi Vereador em
Porto Velho, em 1998, chegou a ser Deputado Federal pelo Estado
de Rondônia, quando assumiu a vaga deixada pelo Deputado Federal Idelbrando
Pascoal, que foi cassado por envolvimento com o narcotráfico.
José Eriberto Freire França, Funcionário Público.
Nasceu no dia 16 de fevereiro de 1965, em Ereré Ceará. Ficou
conhecido nacionalmente em 1992, quando depôs na CPI do escândalo que causou a
renuncia do Presidente Fernando Collor de Melo. Eriberto França era motorista
de Suzana Acioli, Secretaria do Presidente Collor, na época realizava depósitos
bancários na conta de Paulo César Farias, Ex. Tesoureiro da campanha eleitoral
do Presidente Fernando Collor.
Cosma Editonia Rufino Batista - Política, Professora.
Nasceu em 1984, por
falta de assistência médica em Ererê, nasceu em Iracema, passou toda a sua em infância no Sitio Seriema em Ererê. Era formada em
História, em 2008, foi professora na Escola de Ensino Médio Senador Távora, em
Ererê, nesse mesmo ano foi eleita Vereadora na cidade de Encanto, Rio Grande do
Norte. Faleceu em 22 de março de 2009, na estrada que liga Ererê a Encanto,
vitima de acidente automobilístico.
Daniel Fernandes de Moura
I – Padre
Nasceu na antepenúltima década do século XVIII, na Fazenda
Saco de Orelha. Filho de Dona Mariana de Moura do Espírito Santo, cujo pai foi
impossível identificá-lo. Foi o fundador de Ererê e seu primeiro vigário, fez o
seminário em Olinda, Pernambuco. Em 1828, com recursos próprios construiu a
igreja de Ererê. Faleceu em 28 de fevereiro de 1875, no Sítio Milagres, em Saco
de Orelha, atual Ererê.
Daniel Fernandes Moura
II – Padre
Nasceu na primeira
década do século XIX, em Saco de Orelha, foi o segundo vigário de Saco de
Orelha. Foi Deputado Provincial em três legislaturas pela Província do Ceará,
nas legislaturas 1860-1891, 1862-1963e 1870-1871. Foi ordenado e 1928 na igreja de saco de
Orelha. Faleceu no Sítio Milagres, Saco de Orelha, atual Ererê.
Ana Célia de Queiroz Diógenes- Advogada
Nasceu em 10 de outubro de 1948, em Ereré, atualmente é
Procuradora Geral da Prefeitura Municipal de Iracema.
Muitos filhos de Ereré conseguiram o
grandioso prazer de concluir um curso universitário, entre tantas esferas de
Curso Superior, outros já foram graduados pela Universidade Estadual do Rio
Grande do Norte, (UERNE), em diversos cursos. Vários tiveram a felicidade de se graduar em sua
terra natal, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, UVA, que já implantou
três turmas com graduação em pedagogia. Atualmente, na sede do município, quarenta
e nove universitários, serão graduados pela Universidade Regional do Cariri, URCA,
no curso de história.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CORREIO DO CEARÁ. Parte
Policial. Página 6. Fortaleza 27/09/1972.
DIÁRIO OFICIAL DO
ESTADO DO CEARÁ. nº 8.464. Fortaleza 12/10/1972.
JORNAL O POVO. Presos
os autores da chacina de Pereiro. Páginas 20. Quinta-feira. Fortaleza 28/09/1972.
LIMA, Maria Emília de
Almeida. Um Pouco de Minha Vida. Ererê
– Ceará. Secretaria de Educação e Desporto. Ereré Ceará, 1997
SILVA, Adauto Odilon
da. Filhos Ilustres do Pereiro.
Cidade centenária. 1990.
www.inteligentesite.com/br/arquivos/paragominas/Projeto_renascer_pinturas_02jpg.
às 15:00h. 04/03/2009.
www.prt7.mpt.gov.br/mpt_na_midia/2005/abril/07_04_05_DN_cearense_conxlav.
às 15:00h.04/03/2009.
www.terra.com.br/istoé/confere/index_confere.htm.
às 15:00h. 10/03/2009
www.tse.gov.br/sadEleição2006DivCand/procCandidatoCarregar.jsp?nocache=33...
às 15:00h.09/03/2009.
Eu, adoro a historia de erere adoro conta-la...
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